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Mostrando postagens de dezembro, 2005

Silêncio

Como dediquei o mês de dezembro à preguiça (bem, isso quando a UDF deixou, né?) e no intuito de curtir o mês que me resta de férias à extração de mofo e teias de aranha (yeah, tatu também sai da toca), vou passar um booooooooooooooom tempo silenciosa. Ou seja, nada de post, nada de e-mail, nada de internet. Mas muita meditação transcedental (vulgo: dormir), leituras (alguns livrinhos na fila*) e metamorfose (voltarei aos meus 6 anos pra curtir as férias com meu filho). Para que a saudade não seja imensa, este post promete ser longo, muito longo. Contarei diversas historinhas em que serão relembrados alguns "causos" em que o silêncio, subitamente, se fez presente. Cada uma delas representaram verdadeiras lições para mim. (Como boa tentativa frustrada de escritora, gostaria de agradecer imensamente às pessoas que fizeram parte das historietas abaixo e, claro, a meus leitores. Sem esquecer, contudo, das neuroses que me fizeram montar um blog. Catarse, de vez em sempre, é bom!!!)

Jingle bell!

"Jingle bell, jingle bell, acabou o papeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeel." E se for papel de presente em loja então, ESQUEÇA!!! Ninguém tá a fim de embrulhar nada. Em lojas de brinquedo, cruzes: crianças decepcionadas, pais estressados, gritaria, berreiro, um circo!!! Uma notinha boa: por incrível que pareça, os vendedores até que estavam educadinhos, um primor!!! Até por vendedora "cuti-cuti" fui atendida (vendedora "cuti-cuti": sabe aquela moçoila que se torna sua amiga de infância assim que descobre o seu nome? Serve também aquela que exclama, naqueeeeeeeeeeela empolgação, "liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinda", quando te vê vestida com aquela calça listrada de azul e branco, blusinha xadrez, vermelho com roxo-hematoma e sandália dourada). Melhor que vendedora "cuti-cuti" é vendedora de feira. Aqui em Brasília tem feira aos montes. Tem desde as animadíssimas que fazem "a" propaganda ("vamos lá, moça, aqui tem de tudo". Ah, isso quan

Prevendo minha velhice e naturebismo

"Memória" e "Andrea" são termos antônimos, e antônimos perfeitos. Há quem diga que eu tenho memória seletiva, mas não sei se é bem o caso. Consigo lembrar-me com detalhes de coisas que se passaram há tempos, só que, por favor, não me perguntem o que almoçei ontem. Assistindo a uma propaganda na TV, vi-me na protagonista. Não me recordo qual a intenção do comercial, mas a história é basicamente esta: (vou tomar a liberdade de me colocar no lugar da velhinha) Noite de Natal. Revelação do amigo oculto. Eis que declara minha neta: - Minha amiga oculta é uma pessoa maravilhosa, vaidosa... Minha amiga oculta é a vovó. Levanto-me e pronuncio: - Minha amiga oculta é a Andrea... Ué, cadê a Andrea Meu filho, compadecido de minha situação, cochicha no meu ouvido: - Mamãe, a Andrea é a senhora!!! Além desse tipo de situação, certamente aproveitarei minha senilidade como desculpa para tudo o que for considerado normal para a minha idade. Vou estragar todos os meus netos. E terei

Mulher sofre...

Desde nova, decidi que salões de beleza não eram bem o tipo de ambiente que me atraía. Ia (e continuo indo) por pura necessidade. O que eu puder fazer em casa, eu faço (manicure, pedicure, etc...). Pois bem, aí é que reside o lado "argh" da coisa: depilação. Para completar o cenário, tenho alergia a gilete. Ou seja, eu mesma me depilo com cera quente. Todas as moçoilas que depilam com cera sabe: antes de se transformar na Jane, parecemo-nos com a Chita!!! (o pêlo tem de estar num tamanho bom para evitar o uso de pinças. Falando em pinças, veio-me à mente outros objetos de tortura tipicamente femininos: alicates de unha, ceras para depilação, curvex, sapato salto agulha e bico fino, pernas de pau travestidos em sapatos plataforma, etc... E pensar que a machaiada reclama da gilete e do terno!!!). Não bastasse nossa singela comparação à macaca mais famosa do cinema, quem se depila também tem de ter algo de contorcionista. Depilar as axilas, ok; depilar a parte frontal das pernas

Notas de ontem.

Ontem tinha tudo pra ser um diazinho como outro qualquer. Mas (sempre o "mas" na história) algo me deixou possessa (se tivesse postado ontem, ia sair um baita palavrão). Explico, uma pessoinha lá da minha dileta e maravilhosa faculdade errou a minha nota!!! Numa matéria cuja média inicialmente noticiada era de 9,25, passou para 8,8!!! Até encontrar onde a fulana errou foi um custo (agravado pela minha sincera vontade de esganá-la). O "erro" dela foi me tirar 0,8 de uma de minhas médias de avaliação. Adendo: Na UDF a avaliação é dividida em duas partes, cada qual englobando trabalhos, provas, etc. Minha primeira média foi 8,5, a segunda foi 9,8 (que o professor arredondou para 10,0). Assim, desprezando-se o arrendodamento, que culminou na média final de 9,25 (minha menor média no histórico), o correto seria 9,15. Só que a sujeita resolveu me tirar 0,8 da segunda média e, na maior cara de pau da história, minha média final ficou 8,8!!! Se vou entrar com recurso??? Mas

Buscas e acharás...

Certamente, quem disse isso não estava pensando em buscar livros decentes para os filhos. Tenho um filho de 6 anos e ele adora que eu leia histórias. Como já me cansei dos contos de fada que todos conhecem (Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, etc...), resolvi tentar achar algo que se adequasse à idade dele (livros com muitas gravuras e historinhas breves e interessantes). Fui à Livraria Siciliano. Tirando os livros toscos (aqueles que tratam as crianças feito idiotas) e os evangélicos, dá pra reduzir sua busca a 10% (margem otimista) do estoque da livraria. Desses 10%, tentei achar alguns que se adequassem à faixa etária do meu filho (aí, vc terá 0,5% do total - margem, mais uma vez, otimista). Resultado: acabei comprando 3, sendo que um são as fábulas de Esopo (ainda é melhor que as historinhas da carochinha). Já um tanto quanto decepcionada, fui consultar os preços. Caramba!!! Fazer seu filho gostar de ler (coisa que preste, claro) custa caro!!! Esse é um dos motivos que me deixam

Variedades familiares...

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Já me acharam. Não ia passar o Natal em canto nenhum, ia ficar quietinha no meu cantinho. Bem, "ia", não vou mais. Recebi uma "intimação" pra passar a data em família (família = mais crianças que adultos. Meu tio, como bom católico apostólico romano, levou muito a sério a missão do "crescei e multiplicai-vos"). Vai ser um Natal lindo!!! Crianças correndo, gritando, brincando, berrando, rabanada no chão, rabanada pisada. Um Natal como há muito tempo eu não tenho: bagunçado. (Ah, quem sempre lidera a bagunça sou eu. Meu tio não consegue mais me dar broncas, não funcionam mesmo!). Falando em crianças, descobri que a família vai aumentar. Minha prima vai me dar um novo sobrinho (ou sobrinha)!!! Por que é meu(minha) sobrinho(a), se é filho de minha prima??? Bem, apesar de o Direito considerar minha prima como minha parenta em 4º grau, meu coração a considera minha irmãzona (apesar de ela conseguir a proeza de ser menor que eu!!!). Variações sobre o mesmo tema.

Inteligência assusta...

Antes de mais nada, post longo, porém instigante. Sim, caros leitores, é uma verdade!!! A inteligência assusta. Já estava pensando em escrever um post sobre isso, mas, navegando pelo orkut, achei bárbaro este tópico : "Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velhor parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado de seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Deveria ter começado um pouco mais na sombra. Deveria ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta". Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar a seu pupilo que se iniciava numa carreira difícil. Isso, na Inglat

Só pode ser um dom!

Dizem que elegância vem de berço. Eu prefiro acreditar que é um dom. Há pessoas extremamente elegantes que não tiveram nenhuma educação para tal, mas devido ao dom são elegantíssimas!!! É um dom mesmo, chega a ser instintivo!!! Seu contrário, o ridículo, também é um dom (na falta de palavra melhor, vai "dom" mesmo). Sério, pra ser infinitamente ridículo precisa-se desse dom. Não adianta fazer força pra parecer elegante nem pra parecer ridículo. Ou você é ou você não é! Quer coisa mais ridícula que recados indiretos? Sabe aquele(a) sujeito(a) que quer te atingir de algum jeito, mas não tem coragem o suficiente pra dizer isso na sua cara? São os tais! Não, eles(as) não falam nada pra você, mandam seus recadinhos pelos amigos em comum ou deixam essas mensagens nos lugares em que ele(a) sabe que você vai olhar. Tem coisa mais tosca que isso??? Respondeu "não"??? Levante as mãos e agradeça aos céus, pois o(a) ridículo(a) está só no início de sua empreitada. Se a criatura

Linguagem

Quando estudava Letras, disseram-me o óbvio: a função primordial da Língua é a comunicação. Ou seja, num diálogo, numa conversação ou n'algo que o valha, tanto o interlocutor quanto o emissor devem compreender a mensagem passada. Todavia, o tal óbvio fez-me "descobrir a América", pois a língua e, por conseqüência, a linguagem, vem sendo utilizada para "botar banca". É comum observar pessoas usando (muitas vezes erroneamente) termos rebuscados, no intuito de exibir sua prentensa "cultura". Se eu uso termos rebuscados, construções complicadas? Claro!!! Uso-os sem medo num trabalho acadêmico. Fora disso, não, não uso. Afunilando ainda mais o assunto, aliemos Direito e esse exibicionismo. Creio que todos sabem que, nos processos em que determinada pessoa figura como réu, ELA tem o direito de saber do que está sendo acusada. Por que frisei "ela"? Simples, porque a maioria dos acusados não tem a menor idéia de suas acusações, devido ao exibicionis

Tem certas coisas que nunca mudam.

Há entre alguns filósofos a teoria da essência. Muda-se tudo, menos a essência. Arrisco colocar nestas coisas "imutáveis" o amor. Assim como a essência, passe o tempo que for, o amor não muda e não morre. Ele pode até permanecer ali, quietinho, no cantinho dele, por pura impossibilidade de se dar vazão de se liberar esse amor. Podemos jurar que ele morreu, mas (tsc, tsc, tsc) amor que é amor nunca morre. Ele não se faz presente para que possamos viver. É por isso que se diz que o amor é generoso. O amor também é forte, mais forte até que a dor. E, pode parecer piegas, mas é imortal sim. Nada, nem mesmo a morte acaba com o amor. Seguimos amando sempre e para sempre. Os amores, a princípio, obedecem certas espécies: amor de amigo, amor de irmão, amor de mãe, amor de filho, amor de mulher... Em todos eles, permanece a essência de amor (sim, o amor também tem a sua essência). Mudam os tempos, inventam-se novas tecnologias, modificam-se os cenários, mas o amor está lá (sempre está

Eita, como eu deixo notícias incompletas!!!

E lá vou eu para uns Ps fora do tempo: Ps: meu "momento dããããããã" não foi resolvido. Não consegui pegar a nota da minha última prova de Antropologia. Se estou me coçando de curiosidade pra saber a média??? Imagina... (alguém sabe um remedinho bom pra urticária???). Ps 2: Como vocês puderam ler no post abaixo, o público foi salvo da "fúria do bastão chutado". Mas hoje, na condição de "assistente", fui ajudar as meninas da coreografia: posicionei seus bastões (no lugar certinho, claro!). Nenhum bastão (ou espectador) foi ferido na operação. Agora sim, até a próxima!!!

Endorfina é o que há!!!

Como eu estava com saudades da minha endorfina!!! Era só adrenalina o tempo todo, mas hoje ela deu o ar da graça. Chegou com tudo e tomara que fique por um boooooooooooooooooom tempo. Hoje eu estava correndo o sério risco de dançar, mas a tatoo não deixou. Assim, fiquei de platéia e assistente (dei uma mãozinha pra galera da festa. Adoro fazer isso, não consigo ficar quieta). Quando não estava correndo, ficava sentadinha, assistindo ao show. Não era bem "sentadinha", ficava aplaudindo, gritando, dando uma força para as bailarinas. Eis que a banda começa a tocar um folclore e convida os presentes a dançar um dabke. Entrei na roda meio sem jeito, mas depois fui me soltando. Peguei o passo rapidinho. Só que, óbvio, não ficou só nisso. Nos intervalos, eles tocavam a velha e boa música árabe para quem não fazia parte do show. Fiquei preocupada com a tatoo (ainda não tá 100%). Como tinha coberto a bichinha com gaze, resolvi arriscar. Aí não parei mais. Dancei muiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

A preguiça às vezes é uma m***

Estou pensando seriamente em fazer um mestrado em Direito antes mesmo de me formar. Explico: por já possuir uma graduação, eu posso fazer um mestrado antes de pôr minhas lindas mãozinhas no diploma de Direito. O motivo??? Alguns professores fazem comentários nas provas. Praticamente houve uma unanimidade, seja nos comentários, seja pessoalmente: eu escrevo bem (ok, concordo que devem haver opiniões contrárias). Das seis matérias que peguei, um professor leu a minha prova em sala de aula como modelo de resposta exemplar (e eu não estava presente, pode?), outra sugeriu que eu escrevesse artigos para publicação, uma praticamente me intimou a fazer parte de um grupo de pesquisa da faculdade e outra (com a cara mais indignada) disse não saber o que eu estava fazendo na graduação, pois deveria tentar um mestrado. (Ah, em tempo, eu sou o tipo de aluna-porre. Contesto, dou opinião contrária, tiro todas as minhas dúvidas - por mais idiotas que sejam.) Só que... putz, como eu sou preguiçosa!!! A

Não tava a fim, mas...

Realmente não tava a fim de dançar, mas dancei!!! A princípio não ia, cheguei a avisar minha ausência à Sandrão, só que a Sandrão é a Sandrão, né. Acabaram vindo me buscar. Aí foi aquela correria: procura véus, maquiagem no carro, etc. Pra variar, a Lei de Murphy se manifestou: primeiro faltou um véu (solucionado), depois esperamos um tempããããããããããooooo no camarim (que na verdade era a enfermaria do clube). Não bastasse isso tudo, logo na primeira música, o cd resolve pular carnaval. Mas, no fim, deu tudo certo. Dançamos duas músicas no palco e uma no meio do povo. Não era bem "povo", era a elite. Estavam lá vários políticos e pessoas do primeiro escalão. Eu não vi ninguém (isso sempre acontece quando danço: não vejo absolutamente ninguém). A dança no meio do "elitão" foi ótima!!! Tinham duas mulheres animadíssimas, acabei tendo o meu dia de celebridade quando elas me pararam pra tirar fotos. Consegui tirar umas três ou quatro pra dançar. Foi ótimo!!! Agora uma cur