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Mostrando postagens de 2006

Uma não-restrospectiva 2006

Segundo a tradição chinesa, 2006 foi o ano do cão (concordo em gênero, número, grau e espécie). Seria mais ou menos o que os alemães chamariam do ano Schweitzfudüe . Decididamente, 2006 foi um ano que fez jus ao nome. Se eu pudesse transformar 2006 num filme, certamente seria “Querida, encolhi o ano!”. Já até bolei o diálogo entre os protagonistas: - Querida, encolhi o ano!!! - Jura??? Que maravilha!!! Agora vai logo patentear esse purgante!!! Falando em purgante, no post anterior, transcrevi um clássico dito da sabedoria medieval. Para não ter de remeter o leitor ao post, coloco novamente o tal provérbio: "se a vida lhe der um limão, faça uma limonada. Se a vida lhe der uma laranja, faça uma laranjada. Agora, se a vida lhe der um cágado, dê esse cágado para alguém" . Aproveitando que o ano Schweitzfudüe está chegando (finalmente!) ao fim, afixo a placa de “passa-se o cágado”. Trata-se de um cágado albino (sim, porque pra 2006 ter sido o ano do Schweitzfudüe , tinha de ser u

Uma quase mudança de endereço...

Como já deu pra notar, eu adoooooooro escrever... daí fiz um blog (este aqui mesmo) para poder dar vazão aos pensamentos incomuns que, por vezes, me assolam. Então, conheci um amigão graças às minhas idéias meio malucas e resolvemos montar um blog a quatro mãos. Tá certo que são mãos bem distantes uma da outra (a dele em sampa e a minha em Brasília. Aliás, gostaria de agradecer aos eleitores de São Paulo por mandarem Clodovil e Paulo Maluf pra cá. Vocês não tinham nada melhor o que fazer não???), mas a internet vai se encarregar de unir, pelo menos, as idéias. Não, não estou abandonando o pensamentos simples, mas agora ocuparei dois espaços ao mesmo tempo (um desafio à Física!!!): o PS e o http://lentesdeaumento.blogspot.com/ .

Propagandas

Estava pensando em começar esse post por um acontecimento protagonizado por mim e dois pais lá no colégio do meu filho, mas opto por seguir à risca o que disse à suposta mãe: “guarde suas opiniões para você, elas pouco me interessam” (e assim, acabou-se uma linda discussão). Não, este post não terá nada de grandioso (a boa Andrea está de volta!!!), nada de profundo, nada sobre sentimentos, blá-blá-blá... É como está escrito nos parênteses, a boa Andrea está de volta!!! (Nem eu agüentava mais Madre Teresa comandando e dizendo o quanto devemos ser tolerantes, que as pessoas sempre têm um lado bom, etc... Fraulein retorna ao comando e retruca que pessoas têm sim um lado bom, mas é mais fácil descobrir o elo perdido que encontrar esse lado nelas. Alguns acontecimentos e o casalzinho acima me mostraram o tanto que a alemãzinha está certa). Assim, se o caro leitor está esperando algo de otimista, de incentivador, continue satisfeito com os posts abaixo e pare de ler este por aqui, ok? Comece

Parábola interessante

Sempre ouvi dizer q. perdoar era divino. Há pouco tempo, descobri que perdoar é libertador. Perdoando, libertamo-nos das amarras, das mágoas, de uma série de sentimentos ruins que pesam em nosso espírito. Descobri que se perdoar é mais difícil que perdoar o outro. Culpar os outros sempre foi muito fácil, mas olhar para si e deixar a consciência te julgar com a mesma severidade com que julga o outro é tarefa para poucos, muito poucos, e estou orgulhosa de ter conseguido fazer isso. Em vez do perdão, sempre nos arrogamos no direito de achar que podemos cobrar do outro todas as dívidas das quais pensamos ser credores. Aí causamos sofrimento, muitas vezes sem intenção, noutras com uma vontade sádica de ver aquele que nos fez sofrer pagando por cada um de seus erros (convenientemente esquecendo-nos de que a perfeição não existe, bem como de qualquer coisa boa que essa pessoa possa ter feito por nós). "O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da c

A carta de Olívia a Eugênio

Um dos livros que amo foi escrito por Érico Veríssimo. "Olhai os lírios do campo" pode ser encarado como mais um livrinho água-com-açúcar dos tantos que há por aí, mas há uma grandiosidade, uma generosidade, uma sensibilidade que salta aos olhos (é clichê, mas não achei melhor). É uma expressão de fé na vida, nas pessoas, a fé que Olívia teve em Eugênio (ah, chega, leiam o livro que é bem melhor). Só para mostrar um tiquinho desse otimismo todo, transcrevo abaixo a carta de Olívia a Eugênio. É longa, mas vale cada segundo de leitura. " Meu querido: o Dr. Teixeira Torres acha que a intervenção deve ser feita imediatamente e daqui a pouquinho tenho que ir para o hospital. Não sei por que me veio a idéia de que posso morrer na mesa de operações e aqui estou te escrevendo porque não me perdoaria a mim mesma se fosse embora desta vida sem te dizer umas quantas coisas que não te diria se estivesse viva. Há pouco sentia dores horríveis, mas agora estou sob ação da morfina e é

E depois da tempestade...

SEMPRE vem a bonança!!! Sempre imaginei a bonança como uma segunda tempestade cheia de coisas boas, mais ou menos como uma chuva de doces para uma criança. Noutras vezes, era como uma mudança diametralmente oposta à ocasionada pela tempestade. Mas agora estou descobrindo que não. Antes mesmo de tecer qualquer comentário sobre a bonança, convém dar algumas pinceladas na fatídica tempestade. Há pessoas no mundo (sempre há) que têm o dom de nos magoarem. A eficácia com que conseguem impingir mágoas aos nossos corações, deixando-nos arrasados, péssimos, sentindo-nos como se ocupássemos injustamente um lugar no mundo, é merecedora do “ISO 9000 e qualquer coisa”. Transformam nosso coração num poço sem fundo de mágoas, sempre cabe mais uma, mais outra e mais outra e assim sucessivamente... mas, novidades, o poço tem fundo!!! (No meu caso, o poço é muiiiiiiiiiiiiiiiiito fundo, mas tem fundo sim.) Aliás, ainda no meu caso, tenho de fazer um “mea culpa”: em que pese ter sido reduzida a achar que

Uma musiquinha representativa

Adoro Chico Buarque e essa letrinha diz muito, apesar de ser pequenininha... "Gota d'água Já lhe dei meu corpo, minha alegria Já estanquei meu sangue quando fervia Olha a voz que me resta Olha a veia que salta Olha a gota que falta pro desfecho da festa Por favor Deixe em paz meu coração Que ele é um pote até aqui de mágoa E qualquer desatenção, faça não Pode ser a gota d'água Deixe em paz meu coração Que ele é um pote até aqui de mágoa E qualquer desatenção, faça não Pode ser a gota d'água Já lhe dei meu corpo, minha alegria Já estanquei meu sangue quando fervia Olha a voz que me resta Olha a veia que salta Olha a gota que falta pro desfecho da festa Por favor Deixe em paz meu coração Que ele é um pote até aqui de mágoa E qualquer desatenção, faça não Pode ser a gota d'água Pode ser a gota d'água" Até mais!

Cadê o post que estava aqui???

O post estava pra lá de down, por isso resolvi apagá-lo. Gostaria de agradecer (muito) aos comentaristas (tanto aos que comentaram aqui, quanto àqueles que me enviaram e-mails. É muito gratificante ver que, mesmo sem saberem o que se está passando exatamente ou sem me conhecerem, vocês se preocuparam comigo. Sinceramente, não tenho palavras para agradecer (é que tem horas que um "obrigada" fica pequeno demais pro tamanho da gratidão). Aos curiosos e interessados, o feriadão foi ótimo, maravilhoso!!! Especialíssimos agradecimentos a: Robson, Jonas, Cuequinha (sobrinho do Jonas), meus primos-irmãos que eu amo de coração, minha super tia, meu tio, minha mãe e meu filho-presente (tá pensando que só mãe é presente??? Filho também é!!!). Fato curioso: descobri que não estou só!!! Como bem disse minha tia, tenho uma irmã gêmea (psicologicamente falando, claro). Minha prima é simplesmente idêntica a mim!!! É, definitivamente, servi de exemplo para o clã!!! Até mais!!! Beijos a todos

Sim, eu ainda existo!!!

Nossa, tem tanto tempo que eu não escrevo... será que eu ainda sei como se faz isso??? O jeito é tentar, não é mesmo? Comecemos então: Sexta-feira passada (dia 28/09), fui buscar meu filho na escola. Até aí nada de mais. Fiquei sentada num dos bancos do pátio quando ouço uma voz (não, ela não vinha do céu nem do inferno, mas do alto-falante) pedindo para as professoras prepararem seus alunos para o “momento cívico”. Dali uns 5 minutos, eis que começa o “taranranran, taranranran” do Hino Nacional. Como toda boa cidadã e mãe (mãe tem de dar exemplo né? Vai que meu filho me vê sentada e depois resolve me questionar?), levantei-me e comecei a cantar o hino. Estávamos (eu e o coro de aproximadamente 400 vozes infantis – de 3 a 6 anos) lá pelo “raios fulgidos” quando me dá uma discretíssima crise de riso (juro, foi discreta mesmo). Fiquei imaginando o que se passa na cabeça da criançada ao ter de pronunciar palavras complicadíssimas... e dei a errada de imaginar a cena: Imagine aquela menini

Por favor, não leiam...

Sim, por favor, não leiam este post. Trata-se de um mero desabafo e pode soar piegas (coisa que eu abomino, mas do qual às vezes é difícil escapar). Sempre tive o hábito de desabafar no papel, mas como escrever faz minha mão doer, optei por digitar. Assim, queiram cometer a gentileza de não ler este texto (para alguns, a gentileza é tão difícil de realizar que, quando ocorre de sair algo gentil, é reles cometimento - meio sem querer, sabe?). Na minha adolescência, havia uma música que tinha o seguinte trecho: “há muito tempo eu ouvi dizer que o homem vinha para nos mostrar que todo mundo é bom e que ninguém é tão ruim. O tempo voa e agora eu sei que só quiseram me enganar, tem gente boa que me fez sofrer, tem gente boa que me faz chorar” . E não é que o danado do trecho tem razão!!! É óbvio que eu já dava ao trecho certo crédito, mas o que me espanta é a criatividade do ser humano em magoar os demais seres. O pior não é nem a raiva, a frustração, e sim a decepção. A raiva e a frustraçã

Apocalipse

Se existisse uma Bíblia do Estado, certamente o que está ocorrendo em São Paulo seria o início do capítulo "Apocalipse". Não, caros leitores, não seria o ápice. O clímax de toda essa balbúrdia ainda está por vir, pois, como bons brasileiros que somos, assistiremos a tudo com um arremedo de indignação e, depois de iniciada a Copa do Mundo, tenderemos a colocar toda essa história, orquestrada por um bando de criminosos com a anuência das autoridades (inércia + politicagam = anuência), num local de nosso cérebro denominado "arquivo morto". Estamos agora nos compadecendo da situação dos paulistas e paulistanos que, mais do que nunca, terão de se manter trancafiados em suas casas. Penalizar-nos-emos pelas famílias dos policiais, bombeiros e civis que foram mortos numa praça de guerra (mas como nosso país é adepto do eufemismo, do politicamente correto, "praça de guerra" receberá, convenientemente, outro nome. Pode ser "caso fortuito", "acontecime

Yes, nós temos bananas!!!

... ou você ainda tem alguma dúvida depois do episódio "baixemos as calças para a Bolívia"???

Sem idéias, mas...

Estou com muita vontade de escrever, mas sem a menor idéia sobre o que escrever. Assim, vamos dar um tom de "diário" a este blog. "Querido diário, Semana passada foi fogo!!! Graças a duas coisinhas lindas dadas pela UDF, minha maravilhosa faculdade (é, aquela em que as coisas que ainda funcionam direito são a Tesouraria e algumas aulas presenciais). Primeiro foi a entrega das provas de uma matéria lá. Fui perguntar ao professor qual o critério de avaliação dele, pois tinha gastado três dias num trabalho que valia 4 pontos e acabei tirando 3. Queria realmente saber o que faltou, para que pudesse fazer melhor os próximos trabalhos. Eis o diálogo: - Professor, o que faltou no meu trabalho? Qual foi o critério que o senhor usou para a correção? - Olha, não foi você quem escreveu isso aqui não. - Ué, como o senhor pode saber se fui eu ou não que escrevi o trabalho se o senhor nunca corrigiu um trabalho meu? - Ah, porque você não fala assim (É, diário, bem se vê que ele matou

Se Glória Khalil pode, por que eu não posso?

Tá bem, tá bem, eu sei que este é o assunto do momento: Suzane Von Richthofen deu uma entrevista ao Fantástico. Até aí, tudo normal (se é que se pode ser considerado normal uma assassina dessas estar fora da cadeia). Se revelar uma atriz de quinta, na pele de “coitadinha de mim, fui ‘maria-vai-com-as-outras e a culpa é do meu ex-namoradinho”, tudo bem também. Agora o que é inaceitável é o idiota do advogado orientar a sua cliente na presença da repórter. Não feliz com essa espantosa burrice, ele a instrui em frente às câmeras e com o microfone devidamente instalado na lapela da fulana (a fulana assassina)!!! É como eu disse no post abaixo: se as pessoas atentassem para os fatos da vida, não cometeriam tantas asneiras. P. ex. falar demais em presença de repórter já derrubou um Ministro da Fazenda (não, não foi o Palocci, foi o Rubens Ricupero, lembram dele?). E quando ela tentou comer (ops!) exibir seus bichinhos de estimação??? Tão meigo!!! Ah, vocês viram que fofo a Suzane de camiseta

E com a ajuda da política, escrevo.

Tô com uma tremeeeeeeeeeeeeeeeeeeeenda vontade de escrever, mas estou tão cansada que nem tenho assunto. Ah, por que me cansei??? Resolvi encarar um trabalhinho sobre “a expansão territorial e a evolução política brasileira”. Não era obrigada a fazer o trabalho, mas resolvi pesquisar. Lá pelas tantas, já estava de saco cheio, por pouco não escrevo: “olha, evolução política não houve nenhuma. Pra dizer a verdade o retrocesso está tamanho que aguardo ansiosamente a ascensão de Pôncio Pilatos ao poder, porque lavar as mãos é com ele mesmo (e só assim alguma coisa será lavada neste paisinho de m***)”. Mas não, não escrevi. Falando nisso: Diogo Mainardi deve estar fulo com a concorrência. Explico: nunca, nos meus parcos 30 anos, vi um jornalista fazer a asneira de despencar o Ministro que assessora. Como nesta republiqueta tudo é possível, Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa do Palocci, foi quem, segundo as más línguas, fez vazar o sigilo bancário do caseiro olhudo. O curioso é que a que

Botando o papo em dia e coisas que só a UDF não faz por você

Ontem encontrei uma caixa com fotografias antiqüíssimas e, claro, dei aquela xeretada. Vi fotos de meus pais quando ainda nem rugas (ou filhos) tinham, meus avós noviiiiiiiiiiinhos, minha mãe com meus avós e minha tia num restaurante (mamy exibindo lindamente um penteado a la década de 60)... enfim, revivi histórias minhas e alheias. Bem, minhas fotos da pré-adolescência e adolescência são de lascar (putz, como eu era feia!!!! Sim, dei uma melhoradinha). Independente disso, fiquei imaginando: “se a Andrea de 30 pudesse conversar com a Andrea de 15, o que ela diria???” . Taí um dos motes deste post (que promete ser gigantesco e não girar em torno de um assunto só). Assim, fazendo de conta que uma Andrea conseguiu conversar com a outra, imaginei logo um monólogo da mocinha de 30. Os comentários e afirmações serão respondidas com expressões faciais da menina de 15. “- Nem pense muito nos seus 20 anos, eles serão muito próximos do que você é agora. Aliás, presumo que você, aos 50, será a m

Sumida, mas nem tanto...

Queridos e lindos leitores, Vou ficar um tempinho sem postar porque estou desmicrada. Mas não se preocupem, já estou providenciando meu retorno. Até a próxima (que espero não demorar tanto)!!!

Como transformar uma excelente idéia num péssimo livro

Queridos leitores, estou de volta (melhor, estou voltando aos poucos). Venho com algumas novidadinhas ruins, mas novidades. Depois posto sobre elas. Só pra adiantar um pouquinho: minhas férias foram uma meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerda, daquelas de dar inveja a qualquer lacto-purga. Enquanto não sacio a curiosidade de vocês, vou postar algo que escrevi num dia em que minhas ferias juravam de pés juntinhos que iam ser ótimas. Meu projeto de férias está sendo uma maravilha, descobri que não consigo viver sem meus dois vícios: ler e escrever. Prova disso é que este post é uma transcrição do que manuscrevi num caderno (caderno este devidamente comprado logo no início de minhas pretensas férias). Finalmente terminei de ler "A cidade antiga". Minha árdua e acirrada disputa contra a "fantástica" edição da Editora Hemus finalmente chegou ao fim. O conteúdo é bom, muito bom (recomendo para quem gosta de história e/ou de direito, pois Fustel de Coulanges descreve a pré-história