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Mostrando postagens de novembro, 2006

Parábola interessante

Sempre ouvi dizer q. perdoar era divino. Há pouco tempo, descobri que perdoar é libertador. Perdoando, libertamo-nos das amarras, das mágoas, de uma série de sentimentos ruins que pesam em nosso espírito. Descobri que se perdoar é mais difícil que perdoar o outro. Culpar os outros sempre foi muito fácil, mas olhar para si e deixar a consciência te julgar com a mesma severidade com que julga o outro é tarefa para poucos, muito poucos, e estou orgulhosa de ter conseguido fazer isso. Em vez do perdão, sempre nos arrogamos no direito de achar que podemos cobrar do outro todas as dívidas das quais pensamos ser credores. Aí causamos sofrimento, muitas vezes sem intenção, noutras com uma vontade sádica de ver aquele que nos fez sofrer pagando por cada um de seus erros (convenientemente esquecendo-nos de que a perfeição não existe, bem como de qualquer coisa boa que essa pessoa possa ter feito por nós). "O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da c

A carta de Olívia a Eugênio

Um dos livros que amo foi escrito por Érico Veríssimo. "Olhai os lírios do campo" pode ser encarado como mais um livrinho água-com-açúcar dos tantos que há por aí, mas há uma grandiosidade, uma generosidade, uma sensibilidade que salta aos olhos (é clichê, mas não achei melhor). É uma expressão de fé na vida, nas pessoas, a fé que Olívia teve em Eugênio (ah, chega, leiam o livro que é bem melhor). Só para mostrar um tiquinho desse otimismo todo, transcrevo abaixo a carta de Olívia a Eugênio. É longa, mas vale cada segundo de leitura. " Meu querido: o Dr. Teixeira Torres acha que a intervenção deve ser feita imediatamente e daqui a pouquinho tenho que ir para o hospital. Não sei por que me veio a idéia de que posso morrer na mesa de operações e aqui estou te escrevendo porque não me perdoaria a mim mesma se fosse embora desta vida sem te dizer umas quantas coisas que não te diria se estivesse viva. Há pouco sentia dores horríveis, mas agora estou sob ação da morfina e é

E depois da tempestade...

SEMPRE vem a bonança!!! Sempre imaginei a bonança como uma segunda tempestade cheia de coisas boas, mais ou menos como uma chuva de doces para uma criança. Noutras vezes, era como uma mudança diametralmente oposta à ocasionada pela tempestade. Mas agora estou descobrindo que não. Antes mesmo de tecer qualquer comentário sobre a bonança, convém dar algumas pinceladas na fatídica tempestade. Há pessoas no mundo (sempre há) que têm o dom de nos magoarem. A eficácia com que conseguem impingir mágoas aos nossos corações, deixando-nos arrasados, péssimos, sentindo-nos como se ocupássemos injustamente um lugar no mundo, é merecedora do “ISO 9000 e qualquer coisa”. Transformam nosso coração num poço sem fundo de mágoas, sempre cabe mais uma, mais outra e mais outra e assim sucessivamente... mas, novidades, o poço tem fundo!!! (No meu caso, o poço é muiiiiiiiiiiiiiiiiito fundo, mas tem fundo sim.) Aliás, ainda no meu caso, tenho de fazer um “mea culpa”: em que pese ter sido reduzida a achar que