tag:blogger.com,1999:blog-126094002024-03-07T21:16:27.607-03:00pensamentossimplesUm blog sobre o nada. Não há assunto específico... só escrevo o que quero, quando quero e sobre o que quero. Alguma dúvida???pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.comBlogger320125tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-68561325722805483282022-10-23T17:16:00.002-03:002022-10-23T17:16:24.476-03:00Para os amores que se vão antes de nós<p> Escrevi para um amigo, mas resolvi compartilhar... </p><p><br /></p><p>Tudo passa, mas o amor sempre permanece. Não para nos fazer sofrer, mas para nos lembrar que somos eternos e, por isso, um dia nos encontraremos. Leve para os amores que foram antes de você notícias maravilhosas a seu respeito. Seja capaz de lhes dizer que, por amor a eles, você viveu da melhor maneira, aproveitou cada momento, fez da sua vida uma canção de amor. Beijo imenso!!!</p>pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-47832573284423952162022-08-21T21:31:00.006-03:002022-08-21T22:20:02.710-03:00 Como fazer uma política eugenista sem parecer eugenista – o CENSO/2022 ensina<p>A eugenia “foi” uma política governamental muito utilizada durante a II Guerra Mundial. Os nazistas pretendiam chegar à raça humana pura, a partir de diversas táticas, em especial o descarte daqueles considerados impuros. Apesar de a eugenia existir há muito tempo, pensa-se que ele se findou (ou diminuiu drasticamente) após a última Grande Guerra... mas será que foi mesmo.</p><p class="MsoNormal">Antigamente, as famílias que possuíam pessoas com deficiência ocultavam-nos do restante da sociedade, principalmente se essa deficiência fosse intelectual. As famílias abastadas os escondiam em locais inóspitos ou em “hospitais” psiquiátricos; as mais simples, num quartinho isolado. O destino de todos era um só: uma vida horrível, sem qualquer perspectiva de melhora.</p><p class="MsoNormal">“Por que ‘principalmente se essa deficiência fosse intelectual?’”, você deve estar se perguntando. Quando vemos alguém com dificuldade motora ou outro tipo de deficiência visível, temos a tendência de sentir empatia por aquele indivíduo e nos preparamos para auxiliá-lo, pois podemos ver sua condição. Porém, quando uma pessoa parece ser “normal”, já imaginamos que aquela pessoa não possui qualquer traço que seja obstáculo a sua existência. </p><p class="MsoNormal">A dificuldade em aceitar que as pessoas com deficiência intelectual são efetivamente pessoas com deficiência é tamanho que, para que haja um diagnóstico, pode-se levar anos. Antes de um profissional a tabular com o transtorno, o sujeito já recebeu diversas pechas como “preguiçoso”, “birrento”, “criança difícil” e tantas outras que alimentam a discriminação e o isolamento (inclusive familiar). É como se as pessoas com deficiência intelectual não correspondessem às nossas expectativas (“afinal elas parecem tão ‘normais’) e, mesmo com diagnóstico tardio, relutamos em aceitá-lo. Como esses indivíduos resistem em satisfazer nossos egos e se comportarem como pessoas “comuns”, nós as alijamos (Rosemary Kennedy, irmã de John Kennedy Jr., Nerissa e Katherine Bowes-Lion, primas de Elizabeth II, não me deixam mentir).</p><p class="MsoNormal">De poucos anos para cá, as pessoas com deficiência tiveram seus direitos reconhecidos no papel, como se pode ver na Convenção de Nova Iorque e, no nosso caso, na Lei Brasileira de Inclusão. Todavia, a teoria não acompanha a prática, pois são inócuas as políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência.</p><p class="MsoNormal">Aqui, falaremos especificamente dos autistas.</p><p class="MsoNormal">Os autistas se encaixam perfeitamente entre aquele indivíduos que parecem “normais”, mas teimam em se comportar como se não o fossem. Uma verdadeira afronta social. Os autistas leves (antes Síndrome de Asperger) são os piores, pois, podem até terem uma ou outra peculiaridade, mas têm de ser gênios! </p><p class="MsoNormal">Deixando a ironia do parágrafo acima de lado, retomemos o texto.</p><p class="MsoNormal">Os autistas são pessoas que não possuem qualquer traço físico que lhes denuncie a deficiência. Como estão num espectro, há diversas formas de manifestação dessa condição. Uns são leves, outros mais moderados ou severos. Há a possibilidade de trânsito pelo espectro, moderados se tornarem leve, leves regredirem para moderado ou severo, mas uma coisa é certa, NINGUÉM SAI DO ESPECTRO.</p><p class="MsoNormal">Há pesquisas que apontam que há um autista em cada 64 nascimentos.</p><p class="MsoNormal">Mesmo diante desse número elevado, no Brasil praticamente inexistem políticas públicas para esse segmento. Quando existem são insuficientes para a quantidade de autistas daquela localidade.</p><p class="MsoNormal">E onde entra o CENSO/2022?</p><p class="MsoNormal">O CENSO é o instrumento utilizado para quantificar e qualificar a população brasileira. É com base nele que sabemos quantos somos; quantos são brancos, pretos, pardos, indígenas, etc.; quais as faixas etárias dominantes no país e em cada região e localidade, entre outros.</p><p class="MsoNormal">Esses números e qualidades são usadas para destinar parcela do orçamento público para, por exemplo, aumentar a quantidade de escolas em locais onde os indivíduos em idade escolar é maior; adotar políticas públicas de prevenção a doenças associadas à idade nas populações em que os idosos são maioria, e por aí vai. O resultado do CENSO é quem dá o norte para os investimentos governamentais.</p><p class="MsoNormal">Este ano, com a percepção dos autistas e de seus familiares sobre a insuficiência das políticas públicas, o TEA – Transtorno do Espectro Autista foi incluído no CENSO/2022. Com esses números poderíamos saber quantos autistas há em todo o país, em todas as regiões, estados e municípios. Saberíamos...</p><p class="MsoNormal">Com o início do recenseamento, os autistas e seus familiares tiveram a desagradável surpresa de que o resultado do CENSO/2022 está fadado à subnotificação dessa população. “Como?”, você, mais uma vez deve estar se perguntando. O CENSO/2022 possui 2 questionários, um básico (respondido por aproximadamente 80% dos entrevistados) e outro “por amostragem” (respondido por cerca de 20% dos entrevistados). Adivinhe somente em qual deles se pergunta sobre os autistas? Sim, isso mesmo, no “por amostragem”.</p><p class="MsoNormal">Resumindo, saberemos quantos somos, quantos somos de cada raça, idade, escolaridade, mas estaremos longe (muito longe) de sabermos quantos de nós somos autistas.</p><p class="MsoNormal">Tá, mas onde entra a eugenia nisso tudo? </p><p class="MsoNormal">Antes de responder a sua pergunta, é bom destacar que o tratamento multidisciplinar (de diversas áreas: psicologia, fonoaudiologia, médico, terapia ocupacional, etc.) permite que o autista possa se desenvolver e, em muitos casos, ter uma vida independente.</p><p class="MsoNormal">Para que exista esse tratamento, é necessário investimento em políticas públicas, garantindo o pleno acesso dos autistas aos profissionais que realizarão esse tratamento de forma contínua e ininterrupta (lembre-se de que eles podem transitar pelo espectro, mas nunca saem dele). Quanto mais cedo se oferece o tratamento, maior são as chances de desenvolvimento pleno ou, pelo menos, de um desenvolvimento que permita minorar a dependência dos autistas.</p><p class="MsoNormal">Atualmente, os tratamentos públicos são escassíssimos e as filas de espera são de anos. Sem o tratamento, os autistas moderados e severos estão praticamente condenados a viverem em hospitais psiquiátricos quando seus tutores não puderem mais cuidar deles. Mas, até chegarem a esse estágio, muitos desses serão isolados dentro de suas casas. Uma vida de alijamento social.</p><p class="MsoNormal">“Ah, mas alijamento social não é a mesma coisa de eugenia”. Será? </p><p class="MsoNormal">Já vimos que os autistas não possuem o tratamento adequado. Falemos agora de boa parte de seus tutores. Estes normalmente não trabalham, pois não têm quem cuide de seus tutelados, e sobrevivem com um benefício assistencial, o BPC/LOAS, de um salário mínimo. Boa parte desse numerário serve para comprar medicamento para seus tutelados, a maioria desses fármacos são destinados a “acalmar” os autistas, evitando-lhes as crises. Alimentação e outros itens igualmente importantes ficam em segundo plano.</p><p class="MsoNormal">Temos aí um modo eugênico já praticado há tempos contra as pessoas com deficiência: escondê-los da sociedade e, no fim de suas vidas, trancá-los em alguma instituição para que possam esperar a morte sem serem vistos pela sociedade.</p><p class="MsoNormal">“Tá, mas o que isso tem a ver com o CENSO/2022 ensinar sobre eugenia?” </p><p class="MsoNormal">Simples, a partir de um resultado fictício, que subnotifica a quantidade e a localização dos autistas, esse instrumento será usado para justificar a falta de investimento em políticas públicas para os autistas. O prefeito, governador, presidente dirá “Ah, mas no Brasil não há tantos autistas, não há necessidade de se investir tanto em centros de reabilitação para eles”. Assim as filas de espera serão de décadas. Aos que tiverem a sorte de serem “sorteados” para receberem tratamento terão alta indevida (para poder a fila andar”. Teremos pouco (ou nenhum tratamento, para a maioria) e nunca haverá um tratamento ininterrupto (afinal, a fila tem que andar, para que o prefeito, governador, presidente possa se reeleger).</p><p class="MsoNormal">O CENSO/2022 soube como fazer eugenia sem parecer eugenista. Nem a mulher de César teria tamanho desplante.</p>pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-60583127892588501312019-08-25T23:15:00.001-03:002019-08-25T23:15:33.475-03:00Arte em tempos de cóleraO mundo vive momentos soturnos, em que se exaltam os maus feitos e se escondem os bons. Atolados no meio desse nevoeiro estamos nós, achando que normal a maldade, comum a corrida pelo sucesso, mesmo que, nessa maratona, não haja vencedores.<br />
Perdemos muito de nosso tempo afundados em conquistar posses, em receber bons salários. Não há nada de errado nisso, a não ser quando essa busca incessante nos cega.<br />
Deixamos a criatividade de lado, para seguir um padrão do que consideramos "bem sucedido". Afinal, a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa. Só não conseguimos enxergar que esse verde todo esconde fracassos pessoais severos, que lotam consultórios e aumentam o lucro da indústria farmacêutica. Ansiolíticos são mais consumidos (e desejados!) que chocolates! Que absurdo!!!<br />
A gramática, em vez de ser ferramenta para a construção de um texto, vira um arreio. A criatividade, (ah, coitada!) é coisa de gente louca, insana (mas que não toma ansiolítico nem tem apego a psicólogos). A arte... coisa de gente à toa.<br />
Se você conseguir observar a dinâmica dos fatos, independentemente de que época sejam, verá como tudo e todos repetem essa receita de sucesso em ter e derrota em ser.<br />
Na infância, temos de colorir o sol de amarelo (no máximo, de laranja), o céu de azul e as folhas das árvores de verde; na adolescência, temos de mostrar interesse por meninos (se você for menina) e vice-versa; na fase adulta, temos de ter empregos (bem sucedidos de preferência), família e uma rede de amigos. Ah, também temos de demonstrar felicidade plena nas redes sociais.<br />
Desde o primeiro "temos de" se inicia a falência do criativo. Aquilo que pensamos não podemos experimentar. Mas, num completo e patético paradoxo, dizem que temos de ser criativos, desde que (outra expressão perigosíssima "desde que") essa criatividade não choque nem se expanda para fora dos padrões. Conseguimos incluir numa mesma frase criatividade e padrão. Outro absurdo!!!<br />
Creio que a única época em que essa amarra estrutura foi afastada foi na Renascença. Ali, Michelangelo, Leonardo Da Vinci e tantos outros puderam tocar o "foda-se" para os padrões e criarem sem modelos pré-estabelecidos. Mas Deus, em sua infinita sabedoria, mandava ao mundo alguns libertários nas outras eras. Picasso, Florbela Espanca, João Gilberto, Einstein, Newton e inúmeros outros. A coragem destes é incomum, pois usaram o ridículo como aliado.<br />
Hoje, entretanto, o destemor parece substantivo estático, sem correspondência verbal. Vivemos tempos obscuros em que a arte se curvou à padronização das mentes menores. Enjaulamos criatividade e arte, para agradar a quem sequer sabe a importância de um artista.<br />
A arte em tempos de cólera não se atreve mais a ousar, a semear o torvelinho na mente humana, para tirá-la da inércia, para acender e ascender o senso crítico e afiar o olhar do expectador. Somos consumidores, usuários e tudo o que o significado dessas palavras encerra. Consumimos textos, novelas, programas que relativizam a maldade, que justificam o mau caratismo e exalta a ignorância. Não há liberdade. Aprisionamos nossas mentes. E, caso algum artista geste sua arte, em algum ato de amor com a criatividade liberta, tudo se fará para que o filho dessa sublimação cresça. Último absurdo (mas, infelizmente, só neste texto).<br />
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<br />pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-11679063246207574502019-08-25T22:42:00.001-03:002019-08-25T22:42:19.300-03:00Não sei quando me divorciei de mim<br />
Hoje, caminha pelo mundo alguém sem fim<br />
Objetivos parcialmente alcançados<br />
Com laços quebrados<br />
Um coração cheio, mas incompleto<br />
Eis que hoje, numa notícia de uma morte<br />
Fez ressuscitar uma morta-viva<br />
Mais viva que morta<br />
Alguém que achava enterrada<br />
Mas que nem a terra lançada<br />
Pôde cobrir<br />
Ela chega num passo ligeiro<br />
De tempo perdido<br />
Para ressuscitar<br />
Uma viva-morta.pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-88615289605101494992018-07-01T10:12:00.000-03:002018-07-01T10:12:06.258-03:00Aquarianas... um breve resumo.<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Uma coisa muito boa do aquariano é a liberdade. Sabe aquele ditado "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"??? O aquariano sabe como ninguém.</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Tudo começa<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"> já na infância. Familiares, amigos dos pais, os pais, todos querendo dar pitaco na vida daquela criança estranha. "Nossa, ponha um vestido nessa menina", "menina não brinca de bola", "menina não chuta a canela do amiguinho"... entra num ouvido e sai pelo outro, não sem antes passar aquele letreiro "puta merda, mas que saco!!!" pela testa.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #666666; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Um parêntese: traumas de infância - não fiz judô como meu irmão e nunca me deram um kichute.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Além dos pitacos, têm alguns (poucos) elogios. Nunca relacionados à aparência (porque não damos a mínima), todos vinculados à inteligência: "Uau, você é bem esperta, hein!!!". Mas até os elogios têm alguma crítica: "inteligente, mas rebelde, né???".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A adolescência... puuuuuuuuuuuutz... é a fase da vida do "respire fundo, tape o nariz e corra".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Funciona assim, enquanto suas amigas estão desabrochando em beleza, sua cara tá enchendo de espinha (que te acompanham o resto da vida). Enquanto elas exalam feminilidade, sua mãe fica se indagando se ela tem um casal ou dois meninos (sim, porque aquela moça é mais macho que muito macho).</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
E, como sempre, os pitacos. Só que uma versão bem piorada. "Credo, você vai sair com essa calça jeans de novo. Daqui a pouco ela começa a andar sozinha", "existe sapatilha na loja, não precisa querer comprar só tênis não", "com esse cabelo, você nunca vai conseguir arrumar namorado".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Aliás, esse tal do "você não vai conseguir" te acompanha por toda essa fase. Junto dele, tem a amiga FDP que resolve entrar numa disputa (idiota) contigo. Disputa nota, disputa melhor roupa, disputa amizade, disputa o carinha que só você tá a fim (ela só fica com ele porque você gosta dele).</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
O pior é que ela disputa sozinha (normalmente cagamos e andamos para esse tipo de situação), mas você sempre é a "vencedora" na cabeça dela. Enfim, acho que tem muito psicólogo aí que me deve royaltes...</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Aí se chega à fase adulta... e você percebe que aquele "você não vai conseguir" não rolou!!! Você não é delicada nem feminina, mas conseguiu se casar com um cara bacana e formar uma família mais bacana ainda; você continua usando calça jeans, camiseta e tênis, mas quando precisam de uma opinião pessoal ou profissional sincera e de qualidade, todos te procuram; seu cabelo (ah, seu cabelo) continua tendo vida própria (e uma vida que não combina com você).</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Suas amigas são AMIGAS, pois as FDP's não conseguiram continuar fazendo parte da sua vida.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
O mais engraçado de tudo é ver que você continua LIVRE, mas a quantidade de gente que te enche o saco diminuiu drasticamente (talvez porque sua fama de grossa escrota te precede), mas as pessoas que te azucrinavam e davam mil palpites continuam com suas vidinhas mais ou menos, querendo agradar a todos.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Chegaram a uma etapa da vida em que não se reconhecem. Passaram tanto tempo cuidando da vida alheia que não se enxergaram, não se melhoraram, não evoluíram. Agora lotam consultórios, entopem-se de remédios e nada disso adianta.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Ser livre requer uma responsabilidade fora do comum e um autoconhecimento além do normal.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Infelizmente, boa parte das pessoas gosta de entregar ao outro as rédeas da própria vida e querem que os outros sigam-lhes o exemplo. Nenhum deles cogita expandir o imenso universo que existe em cada um de nós.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Mas uma coisa os aquarianos têm de incrível, percebem desde cedo optarão pela liberdade. Talvez por isso dediquem seu tempo em tentar aprisionar o outro.</div>
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pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-35900026930096123822018-06-03T11:57:00.000-03:002018-06-03T11:57:42.560-03:00FERIADAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÇO!!!<div>
Texto de 11/09/2007.<br /><br />Ter amigos é maravilhoso!!! Tá certo que vez por outra a gente nota que nem todos os que consideramos amigos fazem jus ao título, mas pelo menos nos deixam um grande e preciosíssimo aprendizado: "escolha melhor da próxima vez". </div>
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Dizem que amigos a gente escolhe e família não. Em algumas escolhas eu fui bem e acertei em cheio, mas Deus foi perfeito nas escolhas Dele. Minha família é minha melhor amiga. Tenho uma mãe que o adjetivo mais chinfrim que posso atribuir a ela é "fantástica", meu irmão é uma referência, um ídolo (sabe aquela história do "quando eu crescer, quero ser que nem ele"? Pois é assim que me sinto em relação ao meu irmãozão), agora meus primos são o máximo!!!</div>
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Feriado, pra variar, fui pra Uberlândia. Mal chegando já fui devidamente intimada/convidada a ir a um show de rock pesado (depois descobri ser "metal melódico"). (Um adendo: detesto heavy metal e coisas do gênero, e meus primos adoram.) Assim, fui ao tal show... De início, tivemos de resolver quem iria no colo de quem (meus primos mais se parecem com aqueles leões-de-chácara de boate), como sou pequenininha, fui no colo da minha prima. Conseguimos colocar 7 pessoas num Gol. Cheguei toda amassada na boate, mas, tá valendo... fomos para a fila e observamos a fauna local, tinha desde esperados metaleiros aos playboys (juro!!!), entramos (finalmente) na boate e esperamos pacientemente o início do show... Boa parte do público gritava "Eduuuuuuuuuuuuuuuu" (o vocalista), mas meus primos (sempre do contra) gritavam "Aquiles" e eu não gritava nada, porque estava perdida. Lá pelas tantas, eis que "liberam" o Aquiles para seu solo de bateria... O que foi aquilo??? (não é um trocadilho, ok???) O sujeito parecia possuído!!! Tocou horrores!!! A galera (eu junto) veio abaixo!!! Foram 10 minutos de solo (e que solo!!!). Só esse pedacinho valeu o ingresso, o cansaço, tudo!!! </div>
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Além do inacreditável solo, o show serviu para me tirar o ranço do "não gosto, não vi e não quero ver". Ah, em tempo, a banda se chama "Almar". Não sei se é mineira, mas o sotaque do vocalista (falando, claro) é bem mineirês... </div>
pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-13475810972519468062018-06-03T11:55:00.001-03:002018-06-03T11:55:25.568-03:00O meu segredo...<div>
Texto iniciado em 12/10/2007<br />
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Todos têm um segredo na vida, todos têm um objetivo na vida e, muitas vezes, esse objetivo é o segredo. Isso se aplica ao meu caso.</div>
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Alguns têm por objetivo se livrar de alguma coisa, não encarar determinados fatos, não se colocar à prova. Outros querem ganhar, seja lá o que for, querem sempre ganhar, estão sempre em disputa, estão sempre competindo. Já outros decidiram decretar a morte em vida, deixando de ter objetivos e se contentando com o que a vida lhes dá.O meu objetivo é um tanto quanto diferente, resolvi fazer a diferença na vida de muitas pessoas, seja lá com o que eu tiver para dividir.</div>
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A minha família, em geral, não pôde se dar ao luxo de não encarar os fatos, pois a vida sempre os deixou bem claros, bem visíveis. Somos seres estranhos, nos comunicamos mais com olhares, gestos, pouco usamos a fala. Sempre sabemos quando o outro precisa de algo, nem que seja ficar sozinho para decidir o melhor rumo, o melhor caminho, mas ficamos sempre à espreita um do outro, para que que saibam que estaremos ali sempre, pro que der e vier. E isso, por mais incrível que possa parecer, une a todos por laços muito mais fortes que as palavras. Somos todos irmãos, filhos, pais, netos uns dos outros. Há tempos tenho minha mãe, minha mãe-tia, meu pai-tio, meus irmãos-primos, e meu filho tem suas avós, seus avôs, seus primos, seus tios. Tudo muito mesclado, pouco divisível.</div>
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Já notei que muitas vezes não queremos (nós, os de minha família) dividir os problemas uns com os outros, e acabamos por remoê-los sós, só para não dar ao outro qualquer traço de preocupação. (Se bem que, justiça seja feita, estamos descobrindo nos últimos tempos como é bom o desabafo, como é bom podermos contar nossos problemas aos nossos sem ver, em seus olhos, o julgamento, a condenação. E isso só está fortalecendo cada vez mais os nossos laços.). </div>
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Cultuamos nossos antepassados ao relembrarmos histórias, matamos nossas saudades com o orgulho de vermos que pessoas tão especiais pertenceram à nossa família, agradecemos o privilégio de termos tido por avós, primos, tios, pessoas valorosas, fortes, corajosas e, a despeito de todo e qualquer sofrimento que sabemos que passaram, não se sentiram no direito de perpetuar a amargura que, muitas vezes, poderia ter-lhes tentado corroer a alma. Daí venho eu, dessa família... e como me orgulho disso!!!</div>
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Claro que não somos perfeitos, cometemos nossos erros, mas não nos enterramos neles. Sofremos, óbvio, mas aprendemos. </div>
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É dessa miscelânea que descendo. </div>
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É extremamente importante saber de onde viemos para sabermos para onde vamos.</div>
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E meu segredo é bem simples, veio dessa família: fazer parte da vida de outras pessoas não ao ponto de se tornar inesquecível, mas ao ponto de se tornar uma companhia agradável e confiável. </div>
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Tento, por mais ruim que seja a fase (e já passei por muitas fases péssimas), sorrir por quem quer que passe, pois muitas vezes, o fato de desconhecidos sorrirem pra mim transformou um dia ruim num raio de esperança de um amanhã melhor. Sempre ouço, pacientemente, o que as pessoas me dizem, ao ponto de me tornar confidente de gente que nunca vi ou verei novamente nesta vida. Um exemplo dessa última passagem: meu namorado e meu cunhado foram cortar o cabelo. Como ambos tinham o mesmo barbeiro, passei uma hora sentada esperando. Mudei de lugar e me sentei ao lado de um senhor que, do nada, contou-me toda a sua vida.<br />
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E terminado em 03/06/2018...<br />
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E assim continua... sempre há alguém que queira dividir algo. Um sorriso, uma história, uma tristeza. Tudo permeado pelos sentimentos mais genuínos, mostrando que a vida sempre se renova, mas algumas lembranças permanecem.</div>
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pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-68176279093099621062018-06-03T01:19:00.001-03:002018-06-03T01:19:22.797-03:00O lado oculto da saudadeA saudade é uma palavra genuinamente brasileira. Não existe tradução perfeita em qualquer outra língua. Pra falar a verdade, sou da opinião que "saudade" é uma tentativa de traduzir o indizível.<br />
Hoje minhas perdas me (re)encontraram. Há muito, soterrei meus mortos num monte de ocupações, numa vida reconstruída (mais de uma vez), numa outra Andrea, uma que há bastante tempo não me visitava.<br />
Há muito não chorava, há muito não sentia falta, há muito não sentia a presença. Fato é que deliberadamente resolvi fugir disso tudo, determinei que teria de seguir em frente e deixar tudo para trás... o amor, as lembranças, a dor... tudo, enfim, que pudesse me "devolver" o fardo da perda.<br />
A saudade engloba tudo isso, tudo o que a gente ingenuamente acha que deixou para trás. Nada mudou, mas não está tudo do mesmo jeito. Tudo está mudado, mesmo estando igual. Como diz a música "mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, está tudo assim tão diferente".<br />
Sempre convivi com a perda. Ela parece ser algo recorrente na minha vida desde a infância. Sim, há muitos ganhos, mas minhas perdas são insubstituíveis. Todas elas carregaram um pedaço meu. Sinceramente, não sei como cheguei até aqui, como resisti, como sobrevivi. Não só isso, também não tenho a menor ideia de como não deixei a amargura e a ranhetice me alcançarem. Deve ser a fé... só pode ser. É a única explicação que eu tenho.<br />
Mas hoje, meus mortos voltaram... Ouvindo "Tears in Heaven". Engraçado, também sempre fugi dessa música. Quando ela foi lançada, eu a ouvi pouquíssimas vezes. Eu sempre mudava de estação todas as vezes que ela tocava. Depois, soube que Eric Clapton a fez para o filho que ele perdeu tragicamente... mais um motivo para não ouvir, a música fala de perda... e de perdas, eu já estava bem cheia.<br />
Sábado passado sonhei (ou recebi a visita) de um amigo muito querido, de quem não tive a chance da despedida. Sempre generoso, ele veio me dizer que estava bem. Sou muito agradecida pela visita, mas ela puxou o fio daquele saco tão bem costurado para nunca ser aberto, um em que eu guardava enterradas todas as minhas saudades. Hoje, "Tears in Heaven" terminou o serviço.<br />
Houve um tempo em que achei que Deus não me queria com ele... nem o diabo. Dona Morte, em diversas ocasiões, levou aos que eu amo e me deixou aqui.<br />
Não sei bem por que, mas, só de pirraça, resolvi fazer minha existência ser singular. Entretanto, devo confessar que Eric Clapton foi muito feliz na sua composição. Se de uma coisa eu sei bem é quando ele diz "Time can bring you down, time can bend your knees. Time can break your heart, have ou begging please, begging please". O tempo pode curar muita coisa, mas há feridas que não nasceram para serem curadas. A perda é uma delas.<br />
A música segue e nos conta que a perda doída envolve amor. Só dói uma perda quando muito se amou. Ah, e isso eu tenho muito, muito orgulho em confessar, amei e amo demais cada um dos que perdi. Foi exatamente esse amor que me permitiu me reconstruir, que me trouxe a fé, que deu forças para refazer várias e várias vezes o meu caminho.<br />
Eric Clapton escreve músicas para lidar com seus entremeios, eu escrevo textos longos e, muitas vezes, sem sentido.<br />
O amor permanece sempre, o amor fica, o amor nos acompanha por todos os lugares, talvez por isso as pessoas sejam inesquecíveis, insubstituíveis. O amor nos dá força para seguir, porque dói muito seguir, a passagem do tempo é cruel... mas seguimos adiante, na esperança de termos uma vida digna de ser contada aos nossos eternos amores quando nos encontrarmos. Acho que aí é que entra o pedacinho da música "Beyond the door there's peace I'm sure. And I know there'll be no more tears in heaven".<br />
Por mais doloroso que seja, por mais saudosa que eu esteja, eu jamais me arrependi de ter cada um dos meus entes amados em minha vida. E quantas vidas eu tiver, quero-os de volta em todas elas, mesmo que eu tenha de me despedir de cada um deles cedo demais.pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-79774734242878678782018-03-28T23:44:00.002-03:002018-06-03T12:04:15.141-03:00Amor... distante amor.Texto de uma história que aparentemente vem de muito tempo...<br />
<div class="MsoNormal">
<br />
Ela o ama e ele nem sabe. </div>
<div class="MsoNormal">
Jamais desconfiaria que por trás daqueles jeans surrados há o amor. Só o olhar já a faz tremer.<br />
<b><u>Ela jamais falará</u></b>.</div>
<div class="MsoNormal">
Há o compromisso. Há a responsabilidade. Há outras vidas.
Não há lugar para eles (ela bem o sabe). Talvez por isso guarde para si,
somente para si, tão grande amor. Ele jamais acontecerá. Nascera fadado ao
túmulo. </div>
<div class="MsoNormal">
E assim passam os dias, a vida... mas ele não morre. Amor
que não morre é preocupante. Lembrete da Caixa de Pandora. Maldita, esperança.
Por que não morre??? </div>
<div class="MsoNormal">
Estranho, a esperança não é a de que o amor sobreviva... mas
de que ele morra e restaure a paz que antes experimentara.<br />
Então, deixa-se não mão de Deus, do destino... desde que escape das suas mãos e
não volte. Mas sempre volta. Como pode achar o caminho??? </div>
<div class="MsoNormal">
Resigne-se, oh mulher. O amor lhe brota no coração. Será
mesmo amor? Não se apoquente, apenas viva, dia após dia, pedindo a Deus, ao
Universo, a restauração da paz e da certeza de antes. </div>
<div class="MsoNormal">
Ele não estará presente. Ele não tem os mesmos sonhos que
você. Ele jamais se revelará... e antes de isso ser grande atribulação, é
prenúncio do sossego que você tanto deseja.<br />
É a primeira vez que ela ama, mas deseja mais a paz que o amor... talvez por ansiar a paz que não mais lhe pertence... talvez por afastar de si o amor que não floresce.<br />
A ideia de florescer algo que, se semente, já é tão forte que precisa ser contido, assusta. No que poderia se transformar se fosse regado??? Nunca sentira algo semelhante... melhor a contenção.<br />
Ah, a paz.. melhor a paz... a confortável paz. Para tê-la, vale tudo. Até destinar ao cemitério aquilo que nunca morre. Se não morre, que, pelo menos, não floresça....<br />
Shhhhhhhhhhhhhhhhhh... não diga nada. Não dizer, não confessar... não acorde aquilo com o que não se pode lidar.<br />
Sempre ponha em dúvida: será que é amor? Pode ser ilusão?<br />
Acima de tudo, a certeza: ele não corresponde.<br />
E tudo volta a ser paz... ou semi-paz... de qualquer forma, paz.</div>
<div class="MsoNormal">
Que assim seja.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-88260334942368131002018-03-28T23:34:00.002-03:002018-06-03T11:46:37.359-03:00Aparências... o efeito do brilho dos espíritos em aparências peculiares.<br />
<div class="MsoNormal">
Não, ela não é bonita. É muito magra, com faces encovadas e
olheiras imensas. Os cabelos já não são tão sedosos e as neves começam a se
instalar entre um e outro fio de ébano. A bem da verdade, há mais neve que
ébano. Os efeitos da gravidade se fazem visíveis... </div>
<div class="MsoNormal">
Ela nunca foi bela. Na juventude, a magreza já era visível,
as faces encovadas eram menos enrugadas. Os cabelos eram o que havia de melhor,
negros, muito negros e extremamente sedosos.</div>
<div class="MsoNormal">
Um tanto obtusa. Embora tivesse vocabulário elástico, não sabia combinar as palavras.
Concordância, regência. Nada disso. Apenas vocabulário suficiente para escapar
às gírias.</div>
<div class="MsoNormal">
Dentição proeminente. Os lábios não eram suficientes para
esconder o sorriso permanente. Involuntário e permanente. Sabia-se de seu
desagrado pela ruga que se formava no meio da testa. Ruga traída pelo sorriso.
Não a levavam a sério.</div>
<div class="MsoNormal">
Era mulher de gênio difícil. Um tanto mimada, mas com a
medida certa de realidade. Fosse bonita seria perfeita. Apresentaria aquele quê
de sedução, de candura vinda do olhar, aliada ao acre da personalidade
controversa. O olhar causava espanto. Muita olheira para pouco olhar. Os olhos,
muito negros, disputavam com a escuridão das olheiras. No meio dessa amálgama,
vinham-lhe os cabelos acobertando (ou tentando) o olhar esquisito. Era
estranha, muito estranha. Um enigma.</div>
<div class="MsoNormal">
Provocava paixões. Como??? Não eram as posses. Não era a
aparência. </div>
<div class="MsoNormal">
Extremamente generosa, fazia as pessoas se sentirem à
vontade, como se fossem velhas conhecidas, amigas de infância. Qualquer interesse ou
maledicência<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ou interesse escuso se
desvanecia naquela luz. Encantava a todos os que se detinham mais de 5 minutos
em sua presença. A aparência um tanto estranha se tornava simpática, curiosa
até. Pensando melhor, não era tão feia nem tão estranha. </div>
<div class="MsoNormal">
Cada palavra dada entre aquele sorriso que insistia em
permanecer... era tão peculiar. As rugas que se formavam na testa e, hoje, são
tão permanentes quanto o sorriso . Não se sabe mais quando está zangada. Mas
como alguém tão encantadora se zanga? Não, não há contrariedade. A bondade
sempre presente. Aquela sensação de aconchego, como a evocar um lugar gostoso
de um passado distante em que você se sentia pleno, invulnerável , feliz. Sim,
ela trazia essa sensação. Talvez por isso fosse tão especial. Despertava na
alma do outro o descanso necessário, quase entorpecente... a impressão de que
se é verdadeiramente importante, preciso, amado.</div>
<div class="MsoNormal">
O poder de tocar o inconsciente, o espírito. Trazer para
perto de si, mesmo com todos os defeitos, a certeza de que aquele mundo
distante, pretérito, mas perfeito, mais que perfeito, pudesse ser perene. A
eternidade de um instante, presente naquela mulher exótica. O mistério se
esclarecendo naquelas olheiras escuras, ladeadas pelo negro dos olhos e o
balançar dos cabelos de ébano. Mistérios esclarecidos pelo brilho de íris tão
escuras.</div>
<div class="MsoNormal">
A certeza de que a alma de alguém tão distinta, única,
ultrapassa a ilusão proposta pela aparência, para apresentar a verdade de um
espírito capaz de conquistar o mundo, mas extremamente satisfeita com sua casa,
mobília, marido, filhas, amigos e aparência. A satisfação de se saber estranha
e, ao mesmo tempo, tão única. Um mistério tão claro quanto a neve que agora se
amalgamava ao ébano.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-17438296659808160602018-02-08T22:26:00.003-02:002018-02-08T22:26:42.473-02:00Receita para saber se você é uma boa pessoa.<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
Ingredientes:</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">- Você<br />- Seu interior<br />- Uma boa memória para guardar as sensações<br />- Quem te cerca<br />- Quem te admira<br />- Um telefone ou um e-mail para enfeitar</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px;">
Modo de fazer:</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Pegue você mesmo e se olhe. Não é ir para o espelho, é se voltar para dentro de você. Quando estiver aí dentro, olhe-se com sinceridade. Veja seus defeitos, perceba sua sombra, aproxime-se dela. Volte-se para a luz (se você tiver uma, claro), aconchegue-se nela, sinta o calor. Analise o que sente. Reserve todas as sensações na memória.<br />Depois, observe todas as pessoas que te cercaram e as que te cercam. Verifique a qualidade daquelas que permaneceram e das que deixaram saudade. Reserve na memória, ao lado das sensações.<br />Note as pessoas que te cercam, separe as que sinceramente gostam de você, as que lhe admiram. Não analise nem contabilize as que te amam, estas, às vezes, não percebem o seu caráter ou, quando percebem que ele é ruim, não cessam de ajudá-lo a melhorar.<br />Tire as sensações sobre sua sombra e sua luz (quando há) da memória e misture-as levemente com a qualidade das pessoas que ficaram e das que tiveram de partir. Mexa até o obter uma massa homogênea e perfumada, com brilho gostoso se saudade que aqueça seu coração. Se não conseguir passar para o próximo passo, reveja-se urgentemente.<br />Pegue essa massa e vá adicionando aos poucos as pessoas que, genuinamente, gostam de você. Antes de colocá-las na mistura, observe se elas também são admiráveis, cultivam valores, têm ética. Perceba a energia delas, descarte aquelas que tem a vibração pesada. Se sobrar menos de 10%, recicle-se, sob pena de virar adubo.<br />Depois que sua massa estiver brilhando, cheirosa, com salpicos de felicidade de se ver nos olhos puros de seus amigos, Rejubile-se, você é uma boa pessoa.<br />Telefone ou mande e-mail para algum desses amigos incorporados à mistura. Se a alegria deles for indisfarcável, aproveite!!!</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Na véspera dos meus 42 anos, estou imensamente feliz e posso dizer, com todas as letras, que sou uma boa pessoa. Meu maior e melhor termômetro são os que me cercam. Tenho amigos incríveis, de qualidades estupendas. Os falsos ou de caráter duvidoso, não permaneceram (só isso, já diz muito). Não sou delicada nem "mocinha", mas nem isso afastou as pessoas que são um presente na minha vida.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
E para coroar isso tudo, ainda tive a graça de ter Nossa Senhora Aparecida me abençoando e Deus respondendo às minhas perguntas e acalentando meu espírito (Obrigada, Papai!!!)</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Apesar de ter quase certeza de que sou uma boa pessoa, confesso que gosto imensamente da dúvida. É ela quem me faz querer melhorar dia a dia como ser humano, adubando a terra para o plantio e irrigando a alma. A dúvida me fortalece.</div>
</div>
pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-17085196093963081002018-02-06T22:36:00.001-02:002018-02-06T22:36:59.494-02:00Em se plantando tudo dá... e como dá!!!<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
Hoje é dia de textão.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
Há algum tempo, vi um vídeo sobre um maratonista espanhol que, em vez de se aproveitar de um engano de seu adversário, mostra a ele o erro, permite que o outro competidor vença e fica em segundo lugar.<br />Lembro-me do Sérgio Cortella replicando o que o maratonista disse sobre o episódio: "Se eu ganhasse desse modo, qual seria o mérito da minha vitória? O que é que eu ia pensar de mim mesmo?"... e o principal: "O que é que eu ia falar pra minha mãe?"<br />(eis o vídeo: <a data-ft="{"tn":"-U"}" data-lynx-mode="async" href="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D_bRvG6Ohjuw&h=ATO9xQR0l8eG9zlIzTervAkFllEb2NTn6Oc1E_AlYirGFR04m1vp-GHgrGNbHSeI17syvazen6iiZokGEhItPAGyw5JvAXg-pVTs9MErvh69Pxkaoplm4j2zWykFovSM7B2VHLI12hc3V2LTCUKnbOs0Jh8Kn0ZMmj-koBGrfMOn7-GKTnEL19q1XhgF3-okGn8DT3UAcxKSV63YZFSNy_C8VSLRWsZJwq4CNC4N_EdeIBaEzn7fzlnjGCLeexXM5UHj3axv4-7BqV86vrqYJQ" rel="noopener nofollow" style="color: #365899; font-family: inherit; text-decoration-line: none;" target="_blank">https://www.youtube.com/watch?v=_bRvG6Ohjuw</a>)<br />Há pessoas acostumadas a mentir, a trapacear, a falsear os acontecimentos para terem "vitória". Não satisfeitas em mentirem sozinhas, arranjam quem as ajude nas mentiras.<br />As pessoas mentem e prejudicam as outras numa ilusão de benefício. Pode ser benefício financeiro, de "ficar bem na fita", pra "posar de vítima". Enganam as pessoas e se esquecem de que não há como se enganar a vida.<br />Há séculos, Newton já nos advertia "toda ação corresponde a uma reação de mesma direção e intensidade, e de sentidos contrários". Antes de Sir. Isaac Newton, Cristo no falava "O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescido, é a maior das hortaliças e faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu vêm pousar nos seus ramos."<br />O que isso quer dizer? TUDO o que fazemos volta para nós. TUDO tem retorno.<br />E como isso funciona? Como o grão de mostarda. Ao se plantar essa semente, o grão em si é minúsculo; na hora da colheita, a árvore que germinou daquela sementinha é imensa! Por isso, quando praticamos o bem, por mais ínfimo que ele seja, coisas grandiosas nos ocorrem: somos ajudados em momentos de desespero por desconhecidos de bom coração; aparece trabalho do nada quando a grana encurta; o carro pifa em frente à oficina... Mas quando se pratica o mal, por menor que seja... não gosto de imaginar.<br />É assim para tudo e para todos? Sim!!! Escondemos nossas intenções dos outros, tentamos esconder de nós mesmos, mas não há como esconder da vida, nossa credora. Ela sabe o que fazemos e qual a nossa intenção na ação, pois ela é a terra em que plantamos e a terra da qual colheremos os frutos do nosso plantio.<br />Uma verba desviada, uma mentira contada, um mal plantado é minúsculo! E a colheita é farta.<br />Além da lei do retorno, existe a lei da atração. Ao contrário do que ocorre na Física, atraímos para nós pessoas e vibrações semelhantes àquilo que oferecemos à vida. "Orai e vigiai" vem justamente dessa necessidade de cuidarmos daquilo que transmitimos.<br />Hoje, eu tive o prazer de vivenciar a honra de ter podido falar para algumas pessoas "conte a verdade, fale daquilo que você viu, não minta mesmo que você ache que a sua mentira me beneficie"... e essas pessoas fizeram isso!<br />Agora, aos mentirosos e a quem incita (e se vangloria!) a mentira, uma advertência: a mentira de hoje é do tamanho de um grão de mostarda; quando tiver de colher os frutos da mentirinha plantada (aquela que enganou o outro, mas não a vida) será do tamanho da "maior das hortaliças e faz-se árvore", de tal modo que as aves de rapina não se desprenderão de seus ramos.<br />Qualquer outro incauto que desconhece o que vai além da nossa vã filosofia diria "Ah, mas quanta bobagem, você poderia ter elaborado uma mentira excelente e viável para se beneficiar?". Claro que poderia! Mas "o que é que eu ia falar para minha mãe"? Poderia ganhar a corrida com trapaças??? Poderia também, mas "Se eu ganhasse desse modo, qual seria o mérito da minha vitória? O que é que eu ia pensar de mim mesmo?".<br />E isso é tudo por hoje!!!<br />Plantem boas sementes!!! E, relembrando Chico Xavier, "o bem que você pratica é seu advogado em toda parte".</div>
pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-16681834400477067602013-10-03T17:44:00.000-03:002013-10-03T17:44:02.251-03:00Ao Meu Amor
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Sempre tive em mente que, quando as almas gêmeas se
encontram, tem alguma sonoplastia. Nuns casos você consegue ouvir um
"plim"; noutros, os sinos dobram. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Lembro-me perfeitamente da primeira vez em que vi meu sogro
José Afonso. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Conhecemo-nos num bar que fica lá no CONIC (todas as vezes
que passo ali, lembro desse dia e me vem um sorriso no rosto e meu coração fica
bem quentinho). Mas antes fui "avisada" de seu suposto gênio difícil.
Bem, sei que foi um gênio que nunca vi. Fui desconfiada, com um medo de
apresentar a ele meu gênio também difícil. Assim, que nos vimos, deu pra ouvir
os sinos. Embalamos uma conversa interminável, sobre diversos assuntos. perto
de nos despedirmos, ele se vira para o filho e diz:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<span style="font-family: Calibri;">- Ela não é nada obtusa.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Metida como eu só, nem deixei o filho responder, já fui
retrucando:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">- Sou não, "seu" Afonso, Graças a Deus!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">- E você sabe o que quer dizer obtusa?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">- Sei sim!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">- Minha filha, pode casar com o Júnior e, se um dia vocês
separarem, eu serei seu advogado.<o:p></o:p></span></div>
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O tempo passou, casei, separei (não, ele não foi meu
advogado, minha separação foi tranquila, não guardei raiva nem nada de ruim do
filho dele. Nem poderia, de todas as desavenças com meu ex-marido, é bem nítida
a boa criação que recebeu do pai), mas, mesmo não carregando mais o seu
sobrenome, não deixamos de ser almas gêmeas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Notei isso quando fui visitá-lo, já bastante debilitado por
conta das sequelas deixadas por um AVC e vi, na estante do seu quarto, uma foto
que tiramos assim que meu primeiro filho nasceu. Estávamos eu, ele e o Marco.
Ele preocupado em não "quebrar" o neto e eu rindo da situação.
Estávamos felizes ali.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Ver aquela foto lá, mesmo depois de separada do filho dele,
fez-me ver o quanto eu era especial para ele. Naquele dia, conversamos sobre a
advocacia (tinha me formado recentemente) e ele me contou da alegria que era
não separar uma família, chamar os cônjuges para conversar e lhes mostrar a
importância de se manterem unidos. Também sinto a mesma alegria e, sempre que
consigo, lembro-me dele.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Agora minha alma gêmea está se preparando para me deixar.
Mas como toda boa alma gêmea, posso, até nesse momento tão doloroso, valer-me
da generosidade dele, para poder aceitar sua partida porque terei um pedaço
dele comigo nas lembranças fantásticas que trago, no exemplo incrível de homem
íntegro, honesto, batalhador, inteligente, estudioso que ele deixará aos filhos
e aos netos e no modelo de excelente profissional: uma advogado que valorizava
o que a advocacia tem de melhor a confiança que outro ser humano deposita em
alguém completamente desconhecido.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Obrigada por tudo, Meu Amor!!! (Tratávamo-nos assim, por “meu
amor”).<o:p></o:p></span></div>
pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-42302395282322558082013-05-10T13:57:00.004-03:002013-05-10T13:57:28.472-03:00Dia das Mães.. ou só "Mães"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Dia das Mães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Apesar de muitos condenarem essas datas festivas, alegando
servirem apenas para estimular o consumo, o Dia das Mães e o Dia dos Pais tem
especial apelo emotivo, pois evocam a presença de duas figuras fundamentais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Não adianta querer dizer que algum deles é dispensável. A
ausência ou a presença deles é crucial na vida de qualquer ser humano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Mas hoje vou falar de apenas uma ausência: a ausência da
mãe. Vou escrever não pela data, mas por uma foto que recebi em meu e-mail que
me levou às lágrimas. A foto de uma criança que perdeu a mãe para a guerra. A
falta da mãe foi tão marcante, tão dolorosa na vida dessa menina que, mesmo com
toda sua singeleza, pegou um giz, foi ao pátio do orfanato e desenhou sua mãe.
Depois de pronto, aninhou-se no colo desse desenho e ali ficou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Curioso que a falta dessa mãe atingiu não só à menina, mas a
mim também. Só de escrever sobre isso, volto a chorar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Todos têm receitas maravilhosas sobre como ser uma boa mãe, não
só uma boa mãe, mas a melhor mãe do mundo. Todas essas receitas mirabolantes se
resumem numa palavrinha só: amor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Amar alguém não é difícil, difícil mesmo é arcar com esse
amor. Amar seu filho acarretará a uma série de renúncias, exigirá maturidade
imediata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Imagine uma mulher cujo sonho era ter uma carreira
promissora, meteórica. Imagine essa mesma mulher sendo surpreendida pela maternidade.
Excetuando-se as covardes que optam pelo aborto “por não ser aquele o momento
propício para ser mãe”, imaginemos essa mulher repensando todo seu projeto de
vida e optando por abraçar essa dádiva divina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Sua carreira continuará sendo promissora, mas a marcha para
essa ascensão será um pouco mais lenta. E isso não é algo ruim, pois cada passo
dado representará uma sedimentação. O custo desse passo será tamanho que nada a
fará dar ré. Quando alcançar o auge de sua carreira, será muito, mas muito
difícil tirá-la de lá, porque ela escolheu chegar ali mais lentamente, mais
firmemente, porque tinha de ser profissional e mãe!<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Durante sua jornada, ela abriu mão de trabalhar loucamente,
de estudar incessantemente os temas relacionados a sua profissão para aprender
de novo a ser, para se reconstruir, para reprojetar sua vida. Ela não está mais
só, seu filho, sua maternidade, seu amor pelo filho a fez crescer muito mais do
que cresceria se estivesse na roda viva da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Ela não abriu mão só de chegar mais rapidamente ao cume,
abriu mão de noites de sono, de comida quente e na hora certa, de roupa
permanentemente limpa, de andar sempre alinhada, de assistir silenciosamente ao
seu programa favorito, de ir ao cinema ou ao teatro, de se encontrar com
amigos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Não deixou de fazer essas coisas, fazia-as sim, mas numa
constância infinitamente menor. Então cada encontro com seus amigos era uma
festa, cada comida era saboreadíssima, cada cochilo era reparador. Tudo era
sempre muito intenso e essa intensidade nasceu não da falta de fazer essas coisas,
mas junto com o seu filho, pois ele lhe ensinou que é difícil dar o primeiro
passo, mas ele tem de ser dado e, ainda que sobrevenha uma queda, o
reerguimento é necessário. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Amar também é saber dizer não, é ensinar o caminho correto,
é mostrar para seu filho que fazer o bem vale a pena. Veja, eu disse mostrar,
porque nada ensina mais que a prática. Então, graças a esse filho, essa mulher
(re)descobriu o quanto é fantástico fazer as pessoas em volta sorrirem, (re)descobriu
que todos somos humanos, todos merecemos ser olhado nos olhos e sermos ouvidos.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Olhando essa foto, fico imaginando o tamanho da dor dessa
mãe que, por conta de uma guerra estúpida (todas as guerras são estúpidas),
subitamente deixou de aprender, deixou de (re)descobrir. Aí vem a sua filha e
mostra que ela pode ter deixado tudo, mas não deixou de ser mãe. Sim, ela
morreu, seu corpo físico se foi, mas ela continua ali, sendo MÃE, mãe daquela
menina que a carregará<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pra sempre no
coração, não importa o que aconteça, que irá se mirar no exemplo dessa mulher,
que dará vida a cada palavra, a cada ensinamento... e tudo isso só foi possível
não por conta de uma maternidade, mas porque essa mulher conseguiu mostrar para
essa criança que ser uma boa mãe é amar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Assim dizia o e-mail em que recebi a foto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
"MÃE EM UMA FOTO...<br /> Nem sei o que dizer para encaminhar esta imagem.<br /> Emocionante...<br /> Só mesmo usando as palavras da Clarice Lispector:<br /> 'Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.'”<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-so5i5ps6bX8/UY0mi_loWKI/AAAAAAAAALg/fErCELvvO7Y/s1600/Mae.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="http://1.bp.blogspot.com/-so5i5ps6bX8/UY0mi_loWKI/AAAAAAAAALg/fErCELvvO7Y/s320/Mae.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-1481282110633249172012-12-21T17:22:00.000-02:002012-12-21T17:22:30.827-02:00Feliz fim do mundo!!!Que momento mais curioso. Estou aqui, em pleno fim do mundo (21/12/2012), ouvindo Never Say Goodbye (Bon Jovi) e fazendo planos e mais planos para 2013.<br />
<br />
Alguns não deixei para 2013, já dei início. Um deles é ressuscitar meu bloguinho (bloguinho com carinho, não de menosprezo). A dúvida é: contar "causos" ou escrever textos sobre Direito??? Uma coisa é certa, vou dar um tempinho das musiquinhas que paginaram o blog.<br />
<br />
pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-88505023258613788872012-06-05T17:18:00.000-03:002012-06-05T17:18:36.479-03:00Músicas em atrasoTem sempre aquela música que todo mundo curte, todo mundo canta, todo mundo sabe, menos você. O tempo passa, todos se esquecem da música, não pensam mais tanto nela assim e é aí que eu entro: quando todos já não se lembram, a música dá um jeito de chegar em mim e bater em cheio!!! E foi exatamente isso o que aconteceu com "Vento no Litoral". <br />
<br />
No auge da canção, achava a música um saquinho: aquela melodia tristinha, aquela voz de quem sofreu horrores e por isso fez a música. Simplesmente não a ouvia. Quando tocava nas rádios, logo mudava de estação.<br />
<br />
Mas eis que (é, definitivamente o detalhe da vida está no "mas"), um belo dia, estava dirigindo, pensando em tudo o que tinha de fazer durante o dia e a música toca na rádio. <br />
<br />
Absorta em meus pensamentos, um trechinho me tira do meu mundinho: "Dos nossos planos é que tenho mais saudade".<br />
<br />
Voltei logo para e realidade e dei à canção a atenção que nunca havia dado.<br />
<br />
Todos já tivemos sonhos desfeitos, todos já tivemos planos não concretizados... o problema é quando esses planos te martirizam de certa forma. Não, não é deixar de seguir, é pensar no "e se...". E se tivesse rolado a chance, e se tivesse aceitado a proposta, e se, e se, e se... é aí que entra o trecho "dos nossos planos é que tenho mais saudade".<br />
<br />
É estranhíssimo sentir falta de alguma coisa que não foi além, que não se realizou, que acabou morrendo (ou sendo morta). Só que falar isso para uma pessoa que sente saudade de épocas que sequer viveu (como eu sinto saudades dos anos de 1950, 1960), é dizer absolutamente nada...<br />
<br />
Então fui me dando ao luxo de analisar outros trechos...<br />
<br />
"Sei que faço isso pra esquecer". Puxa, perdi a conta de quantas vezes me envolvia em vários projetos, para esquecer frustrações que me custaram muito. Tudo ao mesmo tempo agora (e tudo muito bem feito) era minha meta... minhas melhores notas na vida são da época em que me separei...<br />
<br />
Na minha opinião, a estrofe mais forte, mais incisiva, mais doída é:<br />
<br />
<em>Agimos certo sem querer<br /> Foi só o tempo que errou<br /> Vai ser difícil sem você<br /> Porque você está comigo<br /> O tempo todo<br /> E quando vejo o mar<br /> Existe algo que diz<br /> Que a vida continua<br /> E se entregar é uma bobagem...</em><br />
<br />
Agimos certo sem querer, foi só o tempo que errou... é justamente isso!!! Eureka, Renato Russo, em duas frases, descobriu o que eu levei anos para descobrir!!! E descobriu antes mesmo que eu vivesse uma situação assim... agora entendo muito bem o que ele quis dizer e o que ele sofreu com tudo isso: tudo para dar certo, mas tudo dando errado.<br />
<br />
Vai ser difícil sem você, porque você está comigo o tempo todo... <br />
<br />
"Existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem". Essa frase é uma releitura do lema que resolvi adotar para mim mesma há muito, muito tempo. Com base nessa orientação, sigo em frente, não por força ou por determinação, mas só porque não tenho outra alternativa: o passado não volta, o futuro não me pertence, só me resta o presente. Fazer algo agora, neste instante, neste momento... depois pode ser muito tarde. Afinal, agimos certo sem querer, foi só o tempo que errou. Adiou-se muito o que nunca poderia ser adiado... aí entra o trechinho de outra música:<br />
<br />
<div>
<em>You could've tried to see the distance between us</em></div>
<div>
<em>But it seemed to far for you to go</em></div>
<div>
<em>Do you remember?</em></div>
<div>
</div>
<div>
Mas aí já é outra história...</div>
<div>
</div>
<div>
Enquanto isso, curtam "Vento no Litoral"</div>
<div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div>
</div>pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-72621442617229674242012-05-27T17:09:00.000-03:002012-05-27T17:14:17.957-03:00Tempo...Louca de vontade de escrever, mas completamente sem tempo...<br />
<br />
Calma, os textos voltarão... a vontade está me obrigando a tentar suplantar o tempo (se é que isso é possível)...<br />
<br />
E por falar em tempo, descobri que o maior bem que todos temos é o tempo. Sei que muitos de vocês já sabiam disso, mas, pela primeira vez, eu parei por alguns instantes para analisar essa frasezinha "o maior bem é o tempo".<br />
<br />
Devemos aproveitar o tempo de que dispomos, pois, uma vez perdido, não se consegue recuperar. Recuperamos absolutamente tudo (desde que o orgulho, a ira ou a vaidade não interfiram, claro): amores, carros, casas, dinheiro, amizades... tudo, absolutamente tudo!!! Agora tenta reaver o minuto que passou. Tenta recuperar a hora que você perdeu, discutindo com gente que não valia a pena...<br />
<br />
Não dá, não tem como!<br />
<br />
Sou um dos seres mais estressados da face da terra, mas descobrir que perder tempo é perder mais que ouro e diamante juntos, fez com que eu revisse muito da minha postura. Não é que eu ande mais calma, só que meu tempo está sendo mais bem gasto.<br />
<br />
"Gasto" muito tempo com meus filhos. Brincadeiras, conversas, divagações, carinhos, beijos, abraços, broncas, ensinamentos (de ambas as partes)... Deixo de fazer, de ir, de pesquisar, de voltar, de produzir... deixo isso tudo para "perder" meu tempo com meus filhos.<br />
<br />
Por quê??? Ora, porque, além de essas fases não voltarem, é justamente essa época pela qual eles estão passando que marcam a memória, que eles carregarão consigo e contarão a seus filhos: "Nossa, eu e minha mãe passávamos horas papeando", "Isso que estou te ensinando agora, minha mãe me ensinou quando eu tinha a sua idade", "Costumava vir aqui com minha mãe, ela gostava do sanduíche X", "Ali tinha um parquinho, minha mãe ia para o balanço e eu para o escorregador"... e por aí vai...<br />
<br />
Quero me fazer sempre presente na vida deles, pois só assim a vida é eterna, na lembrança, sendo carregada para sempre no coração de quem nos ama.<br />
<br />
Outra vantagem de "perder" seu tempo com seus filhos é aproveitar o momento "heroína". Nessa fase, somos as heroínas deles, as super-mães. Por enquanto, eles não conseguem ver efetivamente nossos defeitos. Aliás, os que eles enxergam rapidamente se transformam em charme ou em super-poder. Somos necessárias na vida deles, não só porque preparamos o lanche, cuidamos deles, mas porque eles nos admiram. Somos as mulheres mais admiráveis do universo inteirinho!!! Mulher Maravilha não chega aos nossos pés...<br />
<br />
Além de ser a mulher mais admirada do universo, também somos a melhor amiga. Não só porque damos apoio, mas, principalmente, porque orientamos. Mesmo que essa orientação signifique "ai, vou levar uma tremenda bronca". Eles vêm e nos contam o que fizeram, por que fizeram, como fizeram e a quem fizeram, e ficam ali, depois de toda a narrativa, esperando nosso comentário. A partir daí, estabelece-se um imenso diálogo que durará a vida toda, pois, mesmo que a conversa acabe depois de quinze minutos, ela irá se repetir na cabeça deles (e na nossa) durante toda a vida, produzirá frutos, servirá de modelo, de exemplo... Quinze minutos "perdidos" e uma vida inteira ganha!!!<br />
<br />
Nada, nada mesmo é mais importante q. isso!!! Por isso não troco nenhum minuto ao lado dos meus filhos por nada nesse mundo. Se é algo bacana, posso fazer com eles. Se não posso fazer com eles, então não é tão bacana assim e me fará perder um tempo imenso. Pode ser a viagem dos sonhos, se eles não estão juntos, então não é do meu sonho que estamos falando ;o)<br />
<br />
O melhor tempo é ao lado dos meninos, a melhor viagem é vê-los se transformarem em homens magníficos justamente por você os ensinou assim.<br />
<br />
Afinal, tem coisa que te encha mais de orgulho do que ver seu filho tendo uma atitude linda, você perguntar "nossa, filho, onde foi que você aprendeu isso?" e ouvir "ué, mãe, você que me ensinou!!!". Mesmo que você nem se lembre se foi você mesma quem ensinou ou quando você ensinou, de uma coisa você tem a mais absoluta certeza: soube "gastar" bem o seu tempo!!!pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-32396176670857882022012-01-24T12:02:00.002-02:002012-01-24T12:10:04.205-02:00Quase de volta...Não adianta, não abandono de vez o blog. Sumo, mas sempre volto, afinal, uma das poucas coisas que realmente adoro fazer é escrever.<br /><br />Passeando pelas antigas postagens (na verdade estava atrás de uma, vocês entenderão mais abaixo... ah, e não encontrei essa "uma"), vi o tanto que minha vida mudou nesses anos todos, o tanto que eu mudei e o tanto que as pessoas que me rodeiam (ou rodeavam) mudaram. Vi milagres, vi desastres, vi gente passando do vinagre ao vinho, vi gente passando do vinho ao vinagre. Mudei de emprego, conquistei nova profissão... aconteceu tanta coisa...<br /><br />E hoje, escolhendo o perfume, descobri que, definitivamente, I'm the devil (eis o post que não encontrei). E a vida continua e o pintinho piu.<br /><br />Fui, mas como deu pra perceber, volto!!!pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-52140289012994483692012-01-10T00:14:00.004-02:002012-01-10T01:16:06.391-02:00Nostalgia ou melancolia...Sempre tive desses momentos, aqueles em que tudo está andando e eu resolvo parar no meio do caminho pra ficar ruminando, relembrando e revivendo o passado. Às vezes volto a lugares e tempos bem distantes, uns poucos felizes da minha infância; noutras retorno a passados não muito remotos, em situações muito sofridas e difíceis; e há aqueles em que volto tanto lá atrás quanto um atrás mais pertinho.<br /><br />Apesar de saber que a vida se vive olhando pra frente, sempre volto meu olhar para o passado. Não sei explicar por que, mas sei que sempre volto. E hoje voltei, voltei para outro janeiro, um janeiro de 26 anos atrás. Acabei me dando conta de que as coisas passam sem passar. Pessoas que deveriam ter ido simplesmente ficam e você não consegue se desvencilhar. Aí aprende a conviver com uma ausência-presença de alguém que já se foi sem nunca efetivamente ter ido.<br /><br />Lembrei daquele janeiro e dos dias felizes que antecederam àquele janeiro. Do último Natal lá em casa, da última vez em que a família se reuniu sem aquela sensação de falta. Da última ida à casa da vovó, cantando músicas do Roupa Nova. Do último planejamento para a viagem que iria se iniciar. Da viagem em si. Do casamento da Maria Hilda. Da fazenda do Tio Osíris. De sair correndo em desabalada carreira depois de descobrirmos que a vaca "Banana" de banana não tinha nada. De um choro inexplicável e inconsolável que me fez tremer o coração. De ficar ouvindo a Turma do Balão Mágico na casa da Tia Ivone. Do quanto "Se enamora" embalava os nossos sonhos de encontrarmos nossos príncipes encantados. Da batida, da perda, de se ver obrigada a (mais uma vez) renascer... <br /><br />E quantas vezes eu renasci a partir daí... perdi a conta, não sei mais contabilizar as inúmeras vezes em que tive de me reinventar para poder continuar. Enfrentar as imensas decepções da vida quando tinha certeza de que tudo estava caminhando. De passar por cima de tanta coisa e de, ao mesmo tempo, odiar imensamente e ser eternamente agradecida por ser forte.<br /><br />Há dias em que quero colo, mas ninguém ainda achou que eu o mereça (talvez por terem a ilusão de que sou forte, de que aguento o tranco ou de que a situação não é tão dolorosa assim). Acabei encontrando meu colo nesses retornos, um colo um tanto quanto nostálgico e melancólico, mas um colo que me foi permitido.<br /><br />A boa nova, segundo um astrólogo, é: "foi muito difícil chegar até aqui, né? As coisas para você não foram nada fáceis. Mas a boa notícia é que acabou." Depois de tanto tempo passando por tantas rupturas, vou me dar o direito de duvidar, pois ainda não sei bem o que significa a palavra "fácil". <br /><br />Qualquer coisa, meu colo está lá onde ele sempre esteve, num longínquo passado, que começou a desmoronar e a ser reconstruído há 26 anos.<br /><br />"A vida tem sons que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo. É como tocar um mesmo violão e nele compor uma nova canção"pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-47540773077381121202011-06-02T13:54:00.002-03:002011-06-02T14:04:19.467-03:00Sempre defendi que, dos sete pecados capitais, o orgulho é o mais pernicioso, por nos impedir de concretizar a missão terrena: aprender. <br /><br />O orgulhoso possui uma soberba imensa. Ele não acha que sabe tudo, ele tem certeza. Além disso sempre tem razão, motivo por que todos devem se curvar a seus pés e a seus comandos. <br /><br />É pena, pois desperdiçam essa trajetória magnífica que é a vida!!!<br /><br />Uma historinha me fez relembrar essa defesa:<br /><br /><em>Houve uma vez dois amigos: <br />Eles eram inseparáveis, eram uma só Alma. Mas por alguma razão seus caminhos tomaram dois rumos distintos e se separaram. <br /><br />E ISTO INICIOU ASSIM: <br />Eu nunca voltei a saber do meu amigo até o dia de ontem, depois de 10 anos, que caminhando pela rua me encontrei com a mãe dele. <br />A comprimentei e perguntei por meu amigo. Nesse momento seus olhos se encheram de lágrimas e me olhou nos olhos dizendo: <br />-Morreu ontem... <br />Não soube o que dizer a ela, ela seguia me olhando e então perguntei como ele tinha morrido. <br />Ela me convidou a ir a sua casa, ao chegar ali me chamou para sentar na velha sala onde passei grande parte de minha vida, sempre brincávamos ali, meu amigo e eu. <br />Me sentei e ela começou a contar-me a triste história. <br />Fazia 2 anos que diagnosticaram uma rara enfermidade, e sua cura dependia de receber todo mês uma transfusão de sangue durante 3 meses, mas... Recorda que seu sangue era muito raro? <br />Sim, eu sei, igual ao meu... <br /><br />Ele dizia que da única pessoa que receberia sangue seria de ti, mas não quiz que te procurássemos, ele dizia todas as noites: <br />-Não o procurem, tenho certeza que amanhã ele virá...<br />Assim passaram os meses, e todas as noites se sentava nessa mesma cadeira onde estás tu sentado e orava para que te lembrastes dele e viesse na manhã seguinte. <br />Assim acabou sua vida e ontem na última noite de sua vida, estava muito mal, e sorrindo me disse:<br />-Mãe, eu sei que logo meu amigo virá, pergunta pra ele por que demorou tanto e entrega a ele esse bilhete que está na minha gaveta. <br />A senhora se levantou, regressou e me entregou o bilhete que dizia: <br />Meu amigo, sabia que virias, tardastes um pouco mas não importa, o importante é que viestes. Agora estou te esperando em outro lugar, espero que demores a chegar aqui, mas enquanto isso quero dizer desde o céu tens um amigo cuidando de ti, meu querido melhor amigo. Ah, por certo, te recordas porquê nós nos distanciamos? Sim, foi porque não quiz te emprestar minha bola nova, rsrs, que tempos heim... Éramos insuportáveis, bom pois quero dizer que te dou ela de presente e espero que gostes muito. Amo você! Teu amigo de sempre e para sempre! <br /><br />"Não deixes que teu orgulho possa mais que teu coração... <br />A amizade é como o mar, se vê o princípio mas não o final..." </em><br /><br />Deixar que o orgulho suplante o amor é permitir que as trevas apaguem a luz que ainda resta em cada um de nós. <br /><br />Boa luz (ou boa escuridão, dependendo da sua escolha)pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-73870414518800586712011-05-23T11:27:00.002-03:002011-05-23T11:29:21.932-03:00Boteco animal...E a gente pensando que as amizades de boteco eram exclusividade dos humanos.<br /><br />Veja <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Axur5W83znw">aqui</a> que elefante, macaco, minhoca e vários outros bichos também conseguem fazer amizades de boteco (com direito a pernas trançadas)pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-78363231084330600012011-05-19T11:48:00.007-03:002011-05-19T13:45:34.549-03:00Porque até Madre Teresa tinha seus lampejos de ironia...Há determinadas qualidades que, sabe-se lá por que, transmutam-se em defeitos. Infelizmente a ironia está entre elas.<br /><br />Trata-se de um recurso estilístico que permite ao autor de frases ou textos mais complexos em manter a elegância mesmo quando a situação não recomendaria discrição. <br /><br />Ao irônico, o ruim é ter de "explicar a piada", para que o alvo da ironia possa tentar entender o que se passa. Entretanto, ironicamente, essa displasia mental pode ser extremamente deliciosa, quando o objetivo é deixar o outro à deriva.<br /><br />Confesso que, apesar de muitas vezes ser irônica, também tinha um certo receio em me fartar dessa qualidade. Isso durou até semana passada, quando vi que até Madre Teresa tinha seus lampejos de ironia, o que fez alçar Machado de Assis, Nelson Rodrigues e tantos outros autores maravilhosos à condição de quase santos.<br /><br />Certa feita, Madre Teresa respondeu ao comentário de um determinado senhor que afirmava não dar banho num leproso nem por um milhão de dólares. A elegante senhora (elegante na postura e não nas vestes) respondeu: <em>"O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso."</em><br /><br />Observem, leitores, a humilde freira manteve a sobriedade e a altivez sem se furtar em dar seu recado cristão. <br /><br />Por não ter a mesma elegância, altivez e santidade de Madre Teresa, minha ironia nem sempre possui o condão de ensinar algo. Na maior parte das vezes, ela apenas visa a colocar determinados assuntos ou indivíduos em seu devido lugar. Entretanto, em (des)virtude da limitação de alguns, não consigo alcançar meu intento. Isso não me deixa chateada, apenas corrobora minha tese de que, para se fazer ironia é necessária muita inteligência e perspicácia; para entendê-la, precisa-se do dobro da medida.<br /><br />Finalizando essa ode em forma de prosa à ironia, seguem algumas frases deliciosamente irônicas (se você não entender alguma(s), não se entristeça, provavelmente você está cercado de indivíduos que igualmente precisariam da tecla SAP):<br /><br /><em>Os verdadeiros suicidas da intelectualidade, não são os que desprezam com cinismo a literatura (e caminham em passos largos pra o abismo da ignorância), mas são aqueles que mesmo tendo uma vida devotada aos livros, revistas e jornais; têm preguiça de pensar<br /><br />... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis ...</em> (esta é batida, mas a adoro!!!)<br /><br /><em>Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens que de um terceiro andar.</em> (com uma pitadinha de sarcasmo)<br /><br /><em>Dentre as manias que eu tenho, uma é gostar de você. Mania é coisa que a gente tem mais não sabe por que.</em><br /><br /><em>O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.<br /><br /><em>Invejo a burrice, porque é eterna.</em><br /><br />Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las.</em> (tá, não é irônico em último grau, mas traz um alerta bastante profícuo)<br /><br /><em>Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida. (ok, esta só é válida para quem tem uma vida própria, de preferência)<br /><br />Vou cuidar da minha saúde, porque da minha vida tem muita gente cuidando</em><br /><br />E a cereja do bolo: <em>campanha pela vida, cada um cuida da sua</em>. Adira você também!!!<br /><br />Sem mais, fui!!!pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-41380837580464085552011-05-09T08:35:00.002-03:002011-05-09T08:52:09.006-03:00Solidariedade...Sabe aquele ditado "sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece rosas"??? É verdade verdadeira. Tudo o que a gente faz de bom para outras pessoas, faz com que nos sintamos mais leves. Em vez de só ajudar também somos ajudados. É gratificante ver que nossas boas ações e bons pensamentos produzem frutos e se perpetuam!!! Não é só o "gentileza gera gentileza" é muito mais do que isso. Veja neste links se não estou falando a verdade:<br /><br />http://fundocristao.blogspot.com/2011/04/depoimento-madrinha-satisfeita.html?utm_source=Mailee&utm_medium=email&utm_campaign=Multiplicadores+Fundo+Crist%C3%A3o+02&utm_term=&utm_content=Multiplicadores+Fundo+Crist%C3%A3o+02<br /><br />Ainda usando as palavras alheias "Tudo vale a pena se a alma não é pequena" e não há nada mais libertador para a alma que o amor. Diante dele, orgulho, materialismo, vaidade e outras pequenezas voltam às proporções microscópicas e engrandecem sua vida e a dos que lhe são próximos. Aliás, engradecem a vida de todos os que, de uma forma ou de outra, entram em contato com você... Seja realmente grande e engrandeça os outros...pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-61723651806221270212011-04-20T08:55:00.001-03:002011-04-20T08:56:21.841-03:00Banco é banco...Recebido por e-mail, o texto abaixo nos mostra que, quando a cabeça não pensa, a gente passa uma vergooooooooooonha lascada...<br /><br /><br /><em>PEDIDO DE EMPRÉSTIMO<br /> <br />Um advogado de Nova Orleans pediu um empréstimo em nome de um cliente que perdera sua casa quando do furacão Katrina e queria reconstruí-la. Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da propriedade que estava a ser oferecida como garantia. O advogado levou três meses para seguir a pista do título de propriedade datado de 1803. Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte resposta:<br /><br />"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi apresentada uma certidão do registro predial. Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803. Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo com o registro anterior a essa data."<br />Irritado, o advogado respondeu da seguinte forma:<br /><br />"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo nº.189156. Verificamos que os senhores desejam que seja apresentado o título de propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registro. De fato, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da propriedade, não soubesse que a Luisiana foi comprada, pelos E.U.A à França, em 1803. <br />Para esclarecimento dos desinformados burocratas desse Banco, informamos que o título da terra da Luisiana antes dos E.U.A. terem a sua propriedade foi obtida a partir da França, que a tinha adquirido por direito de conquista da Espanha. A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no ano 1492 por um capitão da marinha chamado Cristóvão Colombo, a quem havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova rota para a Índia pela rainha Isabel de Espanha. <br />A boa rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo em que vendia as suas jóias para financiar a expedição de Colombo. Presentemente, o Papa - isso temos a certeza de que os senhores sabem - é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus - é comumente aceito - criou este mundo. Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor da região chamada Luisiana.<br />Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o Banco também. Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam encontrar o pedido de crédito original feito por Deus. Agora, que está tudo esclarecido, será que podemos ter o nosso empréstimo? "<br /> <br />O empréstimo foi concedido.</em>pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12609400.post-18991973920614507362011-03-22T09:18:00.003-03:002011-03-22T09:41:18.100-03:00Todas as mães e todos os filhosÉ bem verdade que as famílias de hoje são bem mais miscigenadas que as de antigamente. Há uma gama de pais, mães e filhos. Nossos filhos não são mais apenas os que nascem da nossa barriga, mas também nossos enteados.<br /><br />Sinceramente, não consigo entender os pais e mães que fazem distinção entre seus filhos: "meus filhos são Pedrinho o Joãozinho, o Lucas e filho do meu marido". Ora, ou você é mãe ou você não é mãe.<br /><br />As "digníssimas" que separam seus filhos são excelentes estrategistas, mas péssimas mães de família. Família é união, não segmentação. Se seus parentes fazem essa distinção, tá na hora de você falar em alto e bom som "TODOS são meus filhos!!!"<br /><br />E é aos meus filhos, tenham eles vindo ao mundo pela minha ou pela barriga alheia, que dedico o poeminha lindo que recebi de uma amiga:<br /><br /><em>"Quero ser mãe de um menino <br />Que ande de boné pela casa empurrando um carrinho, que trombe nos móveis às risadas, brinque com panelas e todas as coisas que não pode, faça histórias pros seus bonequinhos de plástico... <br />Quero ser mãe de um garotinho que fique com as bochechas coradas de correr. Que suba em árvores... um moleque bonitinho, que coma fruta do pé e limpe a boca na manga da blusa de moleton, que tome sopa fazendo barulho sem querer. Quero ser mãe de um menino de lindo olhar, que ria escondido, que pregue peças, muitas peças... <br />Que brinque de vídeo-game e que fique bravo quando perder e quando tiver de tomar bronca, que saia a correr descalço pela casa, que goste de sorvete com chantili. Que seja o primeiro da classe e seja elogiado por isso, e que tb seja o ESPULETA DA SALA! <br />Que um dia cole na prova de matemática. Quando adolescente, que chore vendo seu time perder ou ganhar, que ganhe sua primeira MOTO, que não escove os dentes para dormir, que queira namorar e sair, que chore no meu ombro a primeira decepção, que peça permissão para chegar mais tarde em casa, que quando HOMEM, se case um dia e que sua esposa tenha a mesma sorte que eu... <br />Seja mãe de um MENINO!" </em><br /><br />É, nesse ponto, Deus foi coerente: "filha, você acha mesmo que vou dar uma menina a uma mulher que, quando criança, detestava boneca, trocava o 'brincar de casinha' pela bola e pela pipa???"<br /><br />Parabéns a TODAS as mães e a TODOS os filhos!!!pensamentos simpleshttp://www.blogger.com/profile/00581073181909284109noreply@blogger.com4