Apocalipse
Se existisse uma Bíblia do Estado, certamente o que está ocorrendo em São Paulo seria o início do capítulo "Apocalipse". Não, caros leitores, não seria o ápice. O clímax de toda essa balbúrdia ainda está por vir, pois, como bons brasileiros que somos, assistiremos a tudo com um arremedo de indignação e, depois de iniciada a Copa do Mundo, tenderemos a colocar toda essa história, orquestrada por um bando de criminosos com a anuência das autoridades (inércia + politicagam = anuência), num local de nosso cérebro denominado "arquivo morto". Estamos agora nos compadecendo da situação dos paulistas e paulistanos que, mais do que nunca, terão de se manter trancafiados em suas casas. Penalizar-nos-emos pelas famílias dos policiais, bombeiros e civis que foram mortos numa praça de guerra (mas como nosso país é adepto do eufemismo, do politicamente correto, "praça de guerra" receberá, convenientemente, outro nome. Pode ser "caso fortuito", "acontecime...