Dúvidas...

Já vou avisando que a redação pode ficar confusa devido à revolta mesclada com a incredulidade.

Uma dúvida imeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeensa me assola: não dói ter cara de pau não??? E ser falso, dói??? (aceito respostas, lembrando que os comentários do meu blog admitem anonimato)

Sempre fui da opinião de que as pessoas têm dons... alguns são bastante aparentes. Por exemplo, a pessoa, para ser brega, tem de ter um dom incomum; para ser piriga (apelidinho carinhoso para piriguetes) também... enfim, para ser quem você é, você tem um dom. Daí surge minha dúvida: o falso não se assume, e por não se assumir, mal deve saber quem ele é. Logo, não tem um dom!!!

Apesar de supostamente não possuírem um dom, os falsos têm uma cara de pau de dar inveja a Pinóquio!!! Eles te sacaneiam, se fazem de amigos, te apunhalam com maestria e agem como se nada disso tivesse acontecido, como se ainda fossem seus melhores amigos!!! Sério mesmo, gostaria de saber como eles conseguem!!! De onde vem isso???

Será que não dói não ser sincero??? Erros, todos cometem, mas a falsidade, para eles, não é um erro. Será que eles a consideram uma dádiva??? Que dádiva é essa que turva o autoconhecimento??? Que impulsiona às sacanagens indiscriminadas??? Que analisa e julga os outros não pelo que eles são e sim pelo que eles têm??? Que te põe à venda por pouco ou menos que isso???

Disse e repito, sei bem quem são os meus amigos. Sei exatamente com quem posso e com quem não posso contar. Não é pelo fato de eu ser educada (tem horas que eu quero ter uma conversa séria com minha mãe sobre isso...) que eu não saiba quem é quem. Já passei por diversas situações sombrias que, por mais paradoxal que possa parecer, iluminaram (e muito) meu círculo de amizades de outrora. Iluminou tanto que ofuscou uma boa parcela. Em compensação, deu mais luz àqueles que realmente a mereciam.

Por gentileza, caros falsos, poupem-me de suas artimanhas vis e traiçoeiras, pois decidi poupá-los de minha educação (não, ainda não desisti de ter aquela conversinha séria com minha mãe). Façam um gigantesco favor a si mesmos (e a mim), continuem seus contatos sociais com aqueles que lhes são semelhantes ou com aqueles que, por terem efetuado a compra de vossas pessoas, tornaram-se seus donos. Sou dona apenas da minha vida, e isso já é mais que o suficiente para:
a) não me pôr à venda;
b) não me imiscuir no seu habitat;
c) não me agredir, ao ponto de voltar a me cegar, achando que vocês realmente são meus amigos;
d) etc., etc., etc.

Se você chegou até aqui, deve estar pensando que não sei perdoar. Não é isso, é que realmente estou embasbacada com o que a falsidade pode fazer. Perdôo sim, não sou devotada ao orgulho. Todavia, também não sou tão ingênua assim. Posso perdoar, mas não quero ser novamente alvo de peçonhas.

Falando em orgulho... e mudando um pouco de assunto...

Outra dúvida: por que tem gente que, por orgulho, perde uma excelente oportunidade, perde um amor verdadeiro, perde coisas e pessoas que certamente fariam (e fazem, mas eles não admitem) a diferença nas suas vidas???

Sim, há seres que são capazes de perder o bilhete premiado da megasena acumulada 1000 x só pelo (des)prazer de manter seu orgulho intacto!!! Ou de deixarem ir o amor de sua vida só para garantir a incolumidade de seus orgulhos (por favor, não me venham com o clichê "se fez isso é porque não amava". Isso é discurso de Cinderela mal-amada que ainda crê no príncipe encantado. Se você pertencer a este time, junte-se à Bela Adormecida).

Orgulho e consciência são coisas bem diversas. Estão em extremos opostos!!! Por preferir minha consciência, optei por deixar meu orgulho nocauteado. Perdôo, dou segundas-chances (terceiras, quartas, quintas...), mas sempre respeitando os princípios do "não me façam de otária" e do "como eu também erro, os outros podem errar".

Já fiz burrada, já me arrependi, mudei sinceramente (de abalar as estruturas), mas nem sempre tive lá minha segunda-chance (ou terceira, quarta, quinta...). Se sofro com isso??? Às vezes, mas como quem dorme comigo é a consciência e não o orgulho, todos os dias levanto e sigo... sem pesos, sem penduricalhos, sem "veja bem" (não é uma alusão à certo alguém que adora essa expressão, e sim à idéia que ela passa de ter de ficar explicando para si mesmo, tentando desesperadamente se convencer de que fez uma boa escolha... boa para o orgulho, sem dúvida).

Se você continua lendo isso, fico por aqui. Não sem antes me desculpar pelo tom soturno do post. Estava realmente precisando desabafar...

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