Consciência e cidadania não fazem mal a ninguém...

Titulozinho interessante, né??? Parece que vou falar de política, mas não, vou falar de suicídio.

O que tem a ver suicídio com consciência e cidadania??? Veremos...

Aqui em Brasília, há um shopping chamado Pátio Brasil, em cujas dependências há a prática constante e reiterada de suicídios. Os jovens se dirigem ao último andar do prédio, onde fica instalada a praça de alimentação, e se jogam!!!

Sem pendores psicológicos, por que se jogam? Ora, pois é fácil!!! O parapeito é, em verdade, um paracintura, a visibilidade é enorme (afinal, a cidade inteira fica sabendo do último suicídio ocorrido por lá), e a administração do shopping é de uma inércia de fazer inveja a Newton!!!

Não bastasse o chamariz e a facilidade, os jovens se jogam para a praça central do shopping!!! O que isso quer dizer??? Quer dizer que os suicidas podem levar consigo para o alem-túmulo uma pessoa que não desejava morrer, pode ser um pai de família, uma mãe, uma mulher grávida, uma criança, um velhinho... enfim, pode ser qualquer um!!!

O curioso é que os "administradores" se eximem de qualquer responsabilidade, dizendo não serem responsáveis pelas atitudes impensadas de alguns. Ora, se até a Torre de TV, ponto turístico de Brasília, e até mesmo a Torre Eiffel, marco parisiense, dignaram-se a instalar grades de proteção, por que um shopping não pode modificar seu layout??? Os arquitetos não são criativos o suficiente para aproveitar o ensejo e revitalizar o lugar??? Ou será que fica muito caro cuidar da segurança daqueles que não têm interesse em participar de um espetáculo dantesco ou de ser o próximo na fila de São Pedro???

Ah, por favor, não me venham com os argumentos pífios de que o shopping não tem nada a ver com a insanidade mental de alguns. Tá certo que um se mata (não, ninguém ainda teve a idéia de realizar um suicídio coletivo no lugar), mas vários são atingidos pelas cenas horrendas e podem mesmo ser literalmente atingidos pelos que se atiram!!!

Outro argumento falho é o "basta não ir ao shopping". Esse tipo de pensamento é típico daqueles que não fazem e reclamam dos que fazem, aqueles seres sem atitude que elegem governantes "roubam, mas fazem". E, numa boa, esse tipo de gente me levam à misantropia.

Assim, cansada de ver ninguém fazer nada, a não ser ficar no muxoxo, resolvi visitar o site do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e deixar minha solicitação, para que o MPDFT faça o seu dever de casa e proteja os interesses coletivos e difusos.

Se você quiser entrar nessa, basta copiar o texto abaixo e colar neste link. Não esqueça de preencher os dados solicitados.

Baseando-me na notícia veiculada pelo Correio Braziliense (http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_13/2009/05/02/noticia_interna,id_sessao=13&id_noticia=104445/noticia_interna.shtml) e tendo em vista os constantes suicídios ocorridos no shopping reclamado, venho solicitar que sejam adotadas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, a fim de coibir a prática do autoextermínio no local em comento, prevenindo e protegendo os frequentadores de cenas dantescas e do perigo decorrente da mencionada prática, posto que os suicidas se atiram para a praça central do lugar.

Sugere-se a instalação de blindex nos parapeitos internos, ou o aumento significativo de sua altura, e grades de proteção nas áreas externas do estabelecimento em tela.

Tal solicitação encontra respaldo nos arts. 6º, VI, 81 a 84 e do Código de Defesa do Consumidor.

Atenciosamente,

Afinal, consciência e cidadania não fazem mal a ninguém

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A carta de Olívia a Eugênio

A diferença entre pessoas sem caráter e mau caráter...

A importância da segunda chance...