Superando medos...

Era para ser um dia comum. Acordar, espreguiçar, escovar os dentes... Assim, saí do meu quarto, para preparar o café da manhã, quando me deparo com uma barata na parede da sala.

Até aí, (quase) tudo normal, tirando o fato de eu ter PAVOR de baratas e de estarmos só eu e ela em casa. Tentei achar o maravilhoso spray de veneno e, para meu desespero, não o vi. Quase em estado de choque, liguei para minha mãe e perguntei:
- Onde está o spray?

(Um adendo: sprays de veneno são uma das criações mais fantásticas da humanidade, pois nos permite matar as "ditas-cujas" a uma distância bem segura)

- Acabou... (silêncio medonho)

Depois de achar que eu tive uma síncope, minha mãe resolve me dar um quê de esperança:

- Se tiver, está lá na janela da área de serviço

Adivinha pra onde fui? E adivinha o que eu não encontrei?

- Mãe, só tem um bom-ar aqui

- Ah, mata com o bom-ar e uma vassoura...

- Mas nem a pau!!! Vou deixá-la aqui pra senhora matar.

Matutando com meus botões, imaginei que a barata não ia esperar o final do expediente (afinal, eram 8h da manhã), e eu não iria dormir, imaginando que ela iria se alojar no meu quarto.

Enchi-me de coragem, muni-me do bom-ar e da vassoura.

Nesse ínterim, a barata continuava lá, achando-se o Picasso da parede...

Fui me aproximando, beeeeeeeeeeeeeeeem devagar... lancei um jato de bom-ar, ela bateu as asas (ecaaaaaaaaaaaaaaaaa, ela ainda era das voadoras!!!), mas não voou por estar com as asas encharcadas (e deviam estar cheirosas também). Em vez de facilitar as coisas, a "dita-cuja" resolveu se refugiar debaixo do sofá. E lá vou eu arrastar o sofá. Ela corre para debaixo do móvel da TV. Aí eu fiquei de saco cheio. Passei a vassoura por baixo do móvel e, enfim, ela se posicionou perto do rodapé, em local visível (e matável). Não titubeei, "taquei" a vassoura nela.

Orgulhosa do feito, liguei para minha mãe, vangloriando-me "matei, matei"... tá, confesso que ela deu risada do outro lado da linha, mas ainda teve tempo de me dizer que eu deveria pegar papel higiênico, recolher a "ecaaaaaaaaaaaaaa", jogar no vaso e dar descarga. Bom, como achei o papel higiênico muito frágil, peguei algumas folhinhas de papel toalha e dei fim a minha missão!!!

Se você achou esse post banal e está pensando "ô raio de mulher fresca", é porque você definitivamente não faz idéia do meu pavor de baratas... mas agora, isso e algumas outras coisas prometem mudar... aliás, muita coisa já mudou, mas isso é assunto para um outro post...

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