Um dos livros que amo foi escrito por Érico Veríssimo. "Olhai os lírios do campo" pode ser encarado como mais um livrinho água-com-açúcar dos tantos que há por aí, mas há uma grandiosidade, uma generosidade, uma sensibilidade que salta aos olhos (é clichê, mas não achei melhor). É uma expressão de fé na vida, nas pessoas, a fé que Olívia teve em Eugênio (ah, chega, leiam o livro que é bem melhor). Só para mostrar um tiquinho desse otimismo todo, transcrevo abaixo a carta de Olívia a Eugênio. É longa, mas vale cada segundo de leitura. " Meu querido: o Dr. Teixeira Torres acha que a intervenção deve ser feita imediatamente e daqui a pouquinho tenho que ir para o hospital. Não sei por que me veio a idéia de que posso morrer na mesa de operações e aqui estou te escrevendo porque não me perdoaria a mim mesma se fosse embora desta vida sem te dizer umas quantas coisas que não te diria se estivesse viva. Há pouco sentia dores horríveis, mas agora estou sob ação da morfina e é
Há situações com as quais a gente se depara que nos trazem algumas surpresas. Isso aconteceu comigo há pouquíssimo tempo. Antes, ao observar as pessoas, tentava distinguir o caráter delas entre bom, ruim e tendente a... Creio que todos fazem isso, até mesmo como modo de se preservar, para evitar ou, pelo menos se distanciar de pessoas de caráter duvidoso. Entretanto, a soberba é algo aniquilador... e a soberba, no caso, foi minha, em achar que conseguia diferenciar bem esses indivíduos, a fim de me manter a salvo deles. Pois bem, eis que fui surpreendida (para dizer o mínimo, tentando arduamente manter a polidez) por alguém mau caráter e por uma pessoa que inaugurou uma nova espécie: os sem caráter. O "sem" aqui é no sentido de ausência mesmo. Pessoas que não sabem a que vieram, que ocupam o espaço, espalham sua (inútil) futilidade e são massas de manipulação para os seres que detêm o mínimo de caráter (bom ou ruim). Possuem o apelido de "maria-vai-com-as-outras" e,
Apesar da imensa preguiça que me assola, não pude deixar de postar sobre o momento pra lá de magnífico que a TV Cultura me trouxe dias atrás. Estava zapeando e vi a introdução sobre Júlia Lopes de Almeida, uma escritora nascida no Rio de Janeiro em 1862. Até aí, nada de anormal, mas eis que surge ninguém mais, ninguém menos, que Beatriz Segall para ler um dos contos da autora. O conto em si já é ótimo, mas o tom empregado pela atriz deu um plus . Quando pequena, ninguém nunca me contou ou leu histórias para dormir (também não me compravam livros, deve ser por isso que li inúmeras vezes "Os contos de Grimm", adquirido em prol do meu irmão - coisa de colégio, e "Os Contos de Andersen" - emprestado.). Mas, como a vida é sábia, tive Beatriz Segall lendo "O sino de ouro". Além de uma história magnífica, Beatriz apresentou-me uma autora fantástica (pena que deve ser um tanto complicado adquirir as obras de Júlia, pois ela não consta no tal "cânone literário
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Desabafe!!!