In love again...

Estou novamente apaixonada... o objeto de minha nova paixão é falecida há 32 anos, mais precisamente desde 16 de setembro de 1977. Minha nova paixão chama-se Cecilia Sophia Anna Maria Kalogeropoulos ou simplesmente Maria Callas.

A controvérsia que seu nome suscita deu-me a motivação necessária para me interessar por sua vida e obra (unanimidades não são bem a minha praia). Outro ponto que me despertou fervorosa curiosidade foi a indagação de como uma mulher fantástica como ela pôde amar tão calorosamente um sujeito tão desinteressante como Aristóteles Onassis. Sim, ela amou o homem, pois não precisava da fortuna dele (coisa bem diversa ocorre hoje em dia, mas isso é assunto para outro post).

Os "entendidos" de música erudita dizem que a voz de Maria Callas não era essa coca-cola toda. Os defensores de Renata Tebaldi, sua rival durante anos, colaboraram para que essa visão se perpetuasse. Em verdade, fizeram enorme favor a La Callas, pois, se sua voz deixava a desejar e, ainda assim, ela é uma das maiores divas de todos os tempos (se não a maior), é de se presumir que ela tinha algo de extraordinário, que transcendia sua voz.

Passei uma tarde inteira procurando um vídeo que se compare a este: O Mio Bambino Caro. Fui desde Renata Tebaldi a Monsserat Caballet. Realmente a pureza da voz de Monserrat e Tebaldi se destacam, mas a emoção que a voz de La Callas carrega não deixa dúvida sobre sua extraordinariedade... se quiser testar, ouça a ária sem ver o vídeo e perceba o desespero em sua voz, a tristeza, o "desisto", nas outras, vê-se somente a técnica perfeita, desmotivada, "desemocionada"...

Não bastasse isso, nota-se que o corpo inteiro de Maria Callas canta... tire o som dos vídeos linkados e observe a expressão de cada uma das cantoras. A entrega de La Callas é divina...

Ainda não consegui descobrir o que a fez amar Onassis, mas sei bem o que ele perdeu ao deixá-la por Jackie O. Aliás, ele próprio sabia, porém já era tarde...

Fui...

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