Um dos livros que amo foi escrito por Érico Veríssimo. "Olhai os lírios do campo" pode ser encarado como mais um livrinho água-com-açúcar dos tantos que há por aí, mas há uma grandiosidade, uma generosidade, uma sensibilidade que salta aos olhos (é clichê, mas não achei melhor). É uma expressão de fé na vida, nas pessoas, a fé que Olívia teve em Eugênio (ah, chega, leiam o livro que é bem melhor). Só para mostrar um tiquinho desse otimismo todo, transcrevo abaixo a carta de Olívia a Eugênio. É longa, mas vale cada segundo de leitura. " Meu querido: o Dr. Teixeira Torres acha que a intervenção deve ser feita imediatamente e daqui a pouquinho tenho que ir para o hospital. Não sei por que me veio a idéia de que posso morrer na mesa de operações e aqui estou te escrevendo porque não me perdoaria a mim mesma se fosse embora desta vida sem te dizer umas quantas coisas que não te diria se estivesse viva. Há pouco sentia dores horríveis, mas agora estou sob ação da morfina e é
Há situações com as quais a gente se depara que nos trazem algumas surpresas. Isso aconteceu comigo há pouquíssimo tempo. Antes, ao observar as pessoas, tentava distinguir o caráter delas entre bom, ruim e tendente a... Creio que todos fazem isso, até mesmo como modo de se preservar, para evitar ou, pelo menos se distanciar de pessoas de caráter duvidoso. Entretanto, a soberba é algo aniquilador... e a soberba, no caso, foi minha, em achar que conseguia diferenciar bem esses indivíduos, a fim de me manter a salvo deles. Pois bem, eis que fui surpreendida (para dizer o mínimo, tentando arduamente manter a polidez) por alguém mau caráter e por uma pessoa que inaugurou uma nova espécie: os sem caráter. O "sem" aqui é no sentido de ausência mesmo. Pessoas que não sabem a que vieram, que ocupam o espaço, espalham sua (inútil) futilidade e são massas de manipulação para os seres que detêm o mínimo de caráter (bom ou ruim). Possuem o apelido de "maria-vai-com-as-outras" e,
Venho tentando escrever este texto desde o início de dezembro, mas ainda não cheguei a uma conclusão de como ele deveria sair, o que exatamente ele deve dizer... enfim, será um texto totalmente experimental. De início, convém distinguir a "chance". Quando damos uma, duas, mil, milhões de chances a uma pessoa, sem que ela nos peça, eu creio se tratar de uma "meia-chance". Por quê? Ora, a pessoa não pediu por nenhuma delas, não teve a reflexão necessária acerca daquela oportunidade que lhe foi dada. Óbvio que ela compreendeu se tratar de uma benevolência sua, mas não reviu as próprias atitudes. Diferente daquela pessoa que pede uma nova chance. Para mim, essa é a verdadeira "segunda chance". O problema é que damos gratuitamente tantas chances a uma pessoa que, quando ela realmente quer uma, achamos que não devemos dar, pois se ela já falhou uma infinidade de vezes, certamente falhará de novo!!! E é exatamente aí que nós falhamos!!! Falhamos em não dar à pes
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Desabafe!!!