Diogo Mainardi (bleargh!) e alguns outros...

Se tem um fulaninho que consegue acabar com o jornalismo, este é o cara: Diogo Mainardi. Ele consegue a proeza de mesclar falta de assunto, preconceito, completa ausência de modéstia e ganhar dinheiro com isso!!!

Isso sem contar que clareza e coesão passam loooooooooooooooooooooonge das colunas "produzidas" por ele. Muito me admira que a Editora Abril desperdice, toda semana, meia página com os comentários ridículos (pra dizer o mínimo) de um sujeito desses. Coloca qualquer coisa lá, até as intermináveis propagandas veiculadas na revista Veja...

Espera-se de qualquer colunista a exposição de um fato ou uma opinião (até mesmo dos colunistas sociais). Entretanto, Diogo Mainardi, não se detém a fatos e, quando incorre no erro de tentar transmitir alguma opinião, não concatena as argumentações (raramente existentes). Seus textos se resumem ao egocentrismo, ao seu umbigo (algo como me, myself and I).

Já o colunista André Petry é dotado de uma capacidade e sensibilidade ímpar. Suas opiniões são precisas. É incrível como ele consegue dizer tanta coisa em meia página! Deve ser porque o foco de sua coluna exorbite o seu umbigo.

Aproveitando o assunto "revistas", no início deste ano conheci um periódico aparentemente desprentensioso, de leitura leve, agradável e, por vezes, interessante. A tal revista chama-se "Vida Simples". Mas (toda história tem um "mas", lembram-se?) algumas coisas eram antagônicas ao título: 1) o preço - (algo em torno de R$ 11,00); 2) tem uma seção de "consumo zen" e o achado deste mês (uma cadeira de balanço) custava apenas R$ 2.500,00.

Observando essa disparidade, fui ler as matérias. Todas são cunhadas de despretensiosidade. Mais uma adversidade: não existe texto desprentensioso, todos querem algo.

Continuando minha leitura, deparei-me com um texto sobre religiosidade. Tecia diversos comentários sobre o crescimento da oferta de religiões. Apesar de, no início, o repórter dizer que a religião da moda é o budismo, todos os comentários feitos na reportagem foram baseados em mestres budistas!!! (outro contra-senso!).

Finalmente, pude constatar que o público alvo da revista são pessoas abastadas, que querem ser vistas como "ah, e riquinho, mas é legal" ou "tem dinheiro, mas é desapegado". Enfim, é destinado àquelas pessoas, cuja "vida simples" se resume em fazer um retiro espiritual num spa ou num resort qualquer.

Não tiro da revista o mérito de tentar apaziguar consciências ou de tentar mostrar ao leitor que exite vida além da conta bancária, mas chamar a revista de "Vida Simples" é, como diriam os antigos, pular um corregozinho do tamanho do amazonas.

Chega por hoje!!!

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