Endorfina é o que há!!!

Como eu estava com saudades da minha endorfina!!! Era só adrenalina o tempo todo, mas hoje ela deu o ar da graça. Chegou com tudo e tomara que fique por um boooooooooooooooooom tempo.

Hoje eu estava correndo o sério risco de dançar, mas a tatoo não deixou. Assim, fiquei de platéia e assistente (dei uma mãozinha pra galera da festa. Adoro fazer isso, não consigo ficar quieta). Quando não estava correndo, ficava sentadinha, assistindo ao show. Não era bem "sentadinha", ficava aplaudindo, gritando, dando uma força para as bailarinas.

Eis que a banda começa a tocar um folclore e convida os presentes a dançar um dabke. Entrei na roda meio sem jeito, mas depois fui me soltando. Peguei o passo rapidinho. Só que, óbvio, não ficou só nisso. Nos intervalos, eles tocavam a velha e boa música árabe para quem não fazia parte do show.

Fiquei preocupada com a tatoo (ainda não tá 100%). Como tinha coberto a bichinha com gaze, resolvi arriscar. Aí não parei mais. Dancei muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito. Acho que eu era a mais animada da festa.

Tava tão bom, mas tão bom, que o "bis" da banda se prolongou.

Dancei, fumei arguile (ou shisha ou narguile, como queiram), me diverti horrores, como há muito não me divertia. Dancei até não poder mais. Dancei com a bota, descalça. Dancei dabke, dança do ventre, rock, samba, tudo!!!

Na volta, o Rogério (quase esganei o Rogério hoje. A "noiva" levou horas pra ficar pronta) ficou caçando músicas no rádio. Ah, fechou com chave de ouro!!! Dançamos (eu, ele e Livits) dentro do carro mesmo. Beatles, anos 80, eletrônica. Quem passou ao lado do carro, podia jurar que tínhamos tomado todas. Não bebemos, estávamos apenas muito felizes.

Eu estava precisando desesperadamente de uma felicidade assim. Uma felicidade que não me fosse dada por outros e sim por mim mesma. Sempre amei dançar e a dança do ventre já me salvou (várias vezes) de afundar em franca depressão. Amo dança do ventre, e hoje ela me mostrou o quanto me ama também.

Variando sobre o mesmo tema. Como é diferente dançar num espetáculo (você no palco e a platéia nas cadeiras) e dançar no meio do público ou não ser um dos destaques da festa. Aqui, a dança é mais solta, mais alegre. No meio das pessoas, danço como eu penso que devo dançar: curtindo a música, os que me assistem e passando para essa platéia a minha alegria. Mesmo quando dancei pro "elitão", eu aproveitei (mesmo tendo que dançar para aquelas sujeitinhas com cara de bunda. Hoje foi tão bom, que nem isso teve.). Agora, quando é no palco, a coisa muda de figura: fico tensa, agastada, não me solto, nem lembro a bailarina que eu sou. A dança não flui, não é proveitosa. Mas, bailarina que é bailarina tem que encarar palco.

Hoje eu fui feliz por completo e não pela metade. Não sei se a endorfina vai durar tanto tempo assim, mas, mesmo assim, eu descobri que posso ser feliz (pela metade ou não!), porque EU DANÇO! (e estudo, claro!).

Até a próxima!!!

Ps.: A tatoo sobreviveu (ainda bem!!! Estou fugindo do retoque. Só vou ter certeza de que obtive êxito na fuga na segunda-feira.).

Comentários

  1. e vc vai colorir essa tatoo ?

    que bom que você se animou na festa, é legal dançar em festas, eu pensava que não era, e que baladas com música eletrônica eram babaca, mas quando você se livra da vergonha você se diverte muito!!!

    O que é "dabke" e "arguile"???

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  2. Oi, meu lindo!!!

    Sim, me animei muiiiiiiiiiiiito mesmo. Foi maravilhoso!!! (e eu estava REALMENTE precisando). Já adoro dança do ventre e poder dançar com banda ao vivo, foi fantástico (mesmo que não pudesse dançar trajada por conta da tatoo, que estava cicatrizando).

    Ah, não vou colorir não. Deus me livre de novas picadas (tenho um medo tenebroso de agulhas) e gostei dela desse jeito.

    Arguile = narguilé (aqueles objetos imensos, nos quais os árabes colocam tabaco e brasa, e passam horas fumando e conversando).

    Dabke = dança folclórica árabe. "Alguns homens e mulheres seguram as mãos e começam a dançar para a entonação Dalunah, a base de todos os Dabkes (para bater no chão com um dos pés), enquanto outros batem palmas criando o ritmo apropriado." (http://www.kfssystem.com.br/loubnan/dabke.html).

    Bjus, meu lindo!!!

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