Coisas que te fazem flutuar II...

Depois de chegar à constatação de que, decididamente, eu estou um caco (passei duas semanas trabalhando na tal reestruturação, perdendo noites de sono pra entregar no prazo - isso porque eu pedi as contas!!!), e após uma estonteante aula de véu duplo (pra quem não sabe, "estonteante" no sentido literal da palavra, porque ô aulinha que exige giro), aqui estou eu para mais um post!!!

Este texto é uma homenagenzinha a três pessoas que, com atitudes muito simples, me ajudaram muito numa época complicada da minha vida (não me lembro de ter me sentido tão triste). Mas, como diz a música "já passou, agora já passou, mas foi tão triste que eu não quero nem lembrar", não vou comentar o que me deixou tão down, pretendo somente relatar algumas das coisas que me puxaram pra cima.

As situações aconteceram num contexto nada a ver com as ações dessas pessoas (mal comparando: sabe quando todos estão discutindo o sentido da vida e alguém diz "Nossa, que sapato bonito"? Foi mais ou menos assim.)

1) Érika - a Érika é uma estagiária que trabalha onde trabalhei, só que, como éramos de andares diferentes, raramente nos víamos. Eis que encontro a garota numa de minhas idas ao banheiro, naqueles dias em que não se quer sair da cama (tamanha a deprê), e, após os ois, tudo bem, Érika me segura pelos ombros e diz olhando bem no fundo dos meus olhos "Vem cá, ser tão bonita e legal assim não dói não?". Se ela soubesse o taaaaaaaaaaaaaaaaaanto que essa frasesinha, essa atitude, me fez bem... (Não sou muito de chorar, aliás tenho uma imensa dificuldade em conjugar esse verbo. Na hora, confesso, tive de me segurar, pois estava me sentindo a última das mortais - até uma ameba estava em melhores condições que eu).

2) Elinho - Elinho é meu melhor amigo, uma pessoa fantástica, de cuja amizade tenho o prazer de compartilhar há 15 anos. Há uns 14 anos, ele me pediu em namoro e eu recusei por motivos que não vêm ao caso. Nossa amizade em vez de minguar, solidificou-se (e muito). Pois bem, estava eu chorando minhas pitangas em seus enormes ombros, quando ele me diz na lata: "Se eu pudesse voltar no ínicio da nossa amizade com toda a experiência que eu tenho hoje, eu te pediria novamente em namoro". Acho que não preciso comentar a valia de seu gesto.

Refazendo a opinião acima: tem um ditadozinho que diz "o tempo mostra quem é quem". Hum... acho que não preciso dizer mais nada, né?

3) Lívia - Lívia foi a melhor coisa que a dança do ventre me trouxe. Apesar de nos tratarmos com apelidos carinhosos como bitch e susscrota, é muito bom, nem sei expressar o quanto, ser sua amiga. Sábado passado, estávamos conversando no carro, e eu contando sei lá o que (provavelmente algum de meus lindos foras. Sou especialista em dar foras, cometer gafes) . Ela me interrompe pra dizer "Nossa, como você é bonita". Ao contrário das outras vezes, das outras situações, eu não estava imensamente triste. Assim, pude dar a minha sonora gargalhada e perguntar se ela estava louca, cega ou o que. E não é que a garota reiterou as palavras!!!

Eu, apesar de minhas reservas a mim mesma (não me acho bonita, não me acho inteligentíssima, não me acho nada fora do comum. Isso!!! Sou comum, de beleza comum, de inteligência comum), acreditei no que disseram, pois foram insights e não uma coisa premeditada. Além de terem sido ditas completamente fora de contexto.

Érika, Elinho e Livits, muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito obrigada por essas coisinhas aparentemente simples, mas que me fizeram enorme bem. Podem estar certos, eu nunca vou esquecer. Beijos, muitos beijos a vocês.

Até a próxima!!!

Comentários

  1. Oi Andrea!
    Como vc sabe, estou grávida e, portanto, um pouco mais lenta pra pensar pois meu organismo imagina que eu preciso do meu cérebro apenas para nutrir meu baby no momento...
    Sendo assim, tive que pensar muito pra perceber que o penúltimo post era complemento do antepenúltimo (imagine eu procurando o tal título citado...), rs.
    Pra complementar devo ter perdido algum "capítulo" pois eu sei lá qual é a "tal reestruturação" menina! (hum...pensando bem... será a da revista???). Você fala rápido? Eu tenho essa impressão...
    Eu adoro quando esse tipo de coisa acontece; alguém, do nada, chega e te diz o que você precisa ouvir!
    Legal demais manter um amigo (sexo masculino) por tanto tempo.Eu sempre preferi os amigos por serem mais fiéis, engraçados e interessantes. Mas eu tenho o dom de me apaixonar por homens ciumentos e acabei me afastando dos amigos por conta disso (what a shame...)


    Beijão!!!

    Luciene

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  2. Oi, Luciene... Não falo rápido não, é q. meu cérebro estava temporariamente desviado para um trabalho de jó. O trabalho era justamente a tal reestrutura de um órgão de governo, sem aumento de despesa.
    Realmente, o penúltimo foi um complemento do antepenúltimo (sorry, falha minha, esqueci de avisar).
    Também adoro quando alguém diz coisas legais sobre a gente (e na nossa cara!!!), ainda mais quando é expontâneo.
    Minha amizade com o Élio só é o que é hoje porque fizemos um pacto, nada nem ninguém nos separaria, pois somos da opinião que homem algum (ou mulher alguma) vale a nossa amizade. Assim, todos os nossos namoros começavam com a declaração: "Olha, eu tenho um(a) amigo(a) que eu amo de paixão e não adianta ter ciúme, pois entre você e ele(a) quem dança é você". Não sei por que motivo sempre nos demos bem com os parceiros do outro. Acho que também ajudou muito o fato de falarmos sempre a verdade um ao outro, mesmo que isso implique críticas. Nunca brigamos ou discutimos, por mais ácida que fosse a bronca (nessas ocasiões, sempre demos razão um ao outro e paramos para repensar nossas atitudes).
    Caramba, falei muito!!!
    Como você está??? E os nenéns???

    Bjus!!!

    Andrea

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  3. Oi Andrea!
    Eu tb tive um amigo com quem eu me dava super bem e, logo que comecei a namorar meu marido, avisei que essa amizade não iria se alterar em função dele. Só que, depois de uma separação (que acabou em casamento...), o meu amigo resolveu se declarar e coisa e tal. Depois do susto ficou difícil retomar a amizade e meu marido ficou doido da vida porque, como eu, tb não esperava tal atitude do outro.
    Na verdade até hoje sinto falta daquela amizade gostosa... E, sinceramente, se dependesse só de mim continuaria firme até hoje.

    Quanto aos babys, o João mais esperto e sapeca do que nunca, cada vez mais companheiro, meu amigão! A Gabriela tá mexendo bastante (até demais!), como se quisesse sempre me lembrar dela (como se precisasse, com essa barriga...). Eu vou entrar agora no último trimestre e to me sentindo um pouco mais cansada e até lá ainda tenho que preparar a festa de 2 anos do João.
    Ufa... Chegar de falar!

    Beijão!!!


    Luciene

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  4. Caramba, Luciene, q. saia justa hein??? Ainda bem que o Elinho se declarou de cara e, quando viu que eu não topei, não fez cara virada nem se sentiu com o orgulho ferido. Ficamos muiiiiiiiiiiiiito amigos e não trocaríamos essa amizade por nada nesse mundo (nem mesmo para namorarmos um com o outro ou coisa que o valha).
    Gente, a Gabriela mexendo deve ser tudo de bom!!! (Eu sou muito babona com mulher grávida... rapidinho faço amizade só pra poder ficar passando a mão na barriga delas!!!).
    Ah, mandei um comentário para o seu blog, dê uma olhadinha e me responda.

    Bjus!!!

    Andrea

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